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"Cinco dias depois fica obsoleto", diz diretora da Berlinale

Andrea Horakh
11 de março de 2021

[Vídeo] O Festival Internacional de Cinema de Berlim acabou dividido em duas partes: uma confraternização virtual para a indústria cinematográfica em março, e um festival para o público programado para junho. Será que esse modelo pode prosperar?

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A organização do Festival Internacional de Berlim lutou até o último minuto pela edição de 2021. "A imprevisibilidade da pandemia faz com que seja muito difícil fazer um planejamento de médio prazo adequado para a Berlinale. A gente desenvolve ideias, conceitos, se reúne com os donos de cinemas, patrocinadores, parceiros, e cinco dias depois está tudo obsoleto de novo”, comenta Mariette Rissenbeek, diretora do festival.

E quais filmes exibir se a pandemia também paralisou a produção cinematográfica? Normalmente, a seleção acontece durante inúmeras viagens da direção artística para encontrar cineastas e novos talentos. "Isso não foi possível nesta pandemia. Ao mesmo tempo, como muitos outros festivais não puderam ser realizados, muitos cineastas nos procuraram para nos oferecerem os seus filmes porque estavam desesperados em busca de uma plataforma onde apresentar o trabalho deles ao público. E nos damos conta do quão importante é para os produtores poderem finalmente apresentar um filme ao público e ouvir as reações", ressalta.

A primeira parte da Berlinale 2021 ocorreu na primeira semana de março num evento online restrito a pessoas diretamente ligadas à indústria cinematográfica. Em junho, está planejada uma edição de verão voltada ao público – também quando deve ocorrer a premiação oficial. 

Será a Berlinale 2021 um modelo para o futuro dos festivais de cinema? "É um pouco cedo para responder a esta pergunta. Mas tenho a impressão de que a situação atual vai impactar conceitos futuros, vai nos fazer questionar algumas coisas. Talvez no futuro as pessoas queiram viajar menos, fazer menos viagens internacionais em geral. E os grandes festivais também precisam se ajustar a essas mudanças", comenta Mariette Rissenbeek.