YouTubers denunciaram uma campanha internacional de fake news contra a vacina da Pfizer. Segundo o jornalista e YouTuber alemão Mirko Drotschmann, uma misteriosa agência de marketing pediu a influenciadores para disseminar informações falsas sobre a vacina contra covid-19.
"Eles pediram para eu disseminar informações enganosas ou comprovadamente falsas. Eu deveria afirmar que muitas pessoas morreram após a imunização com a vacina da Pfizer", disse Drotschmann. "Números foram fornecidos, mas foram tirados do contexto e estavam errados. E isso eu deveria espalhar [em minhas redes sociais]."
O jornalista fingiu aceitar a proposta para saber quem estaria pagando pela campanha de fake news, mas a agência respondeu que era segredo. Ao pesquisar, Mirko descobriu pistas que apontavam para Londres e Moscou.
"Olhei diretamente no site desta agência que me escreveu, e era uma agência baseada em Londres. Eu olhei então quem era o chefe, e vi que ele vive em Moscou. Com mais pesquisas, percebi que há uma grande empresa por trás dessa firma em Londres, chamada AdNow, que é uma empresa russa", contou Drotschmann, acrescentando que essa agência em Londres era uma empresa de fachada.
O jornalista diz que a agência ofereceu 2 mil euros para um YouTuber francês e que influenciadores da Índia e do Brasil são suspeitos de participar da campanha. O brasileiro Everson Zoio divulgou um vídeo levantando dúvidas sobre a vacina. Depois da polêmica vir à tona, o YouTuber apagou o conteúdo do Instagram.
Drotschmann tem um recado para brasileiros que querem se proteger contra fake news. "O importante é sempre questionar as coisas e nem sempre acreditar em tudo o que se lê. Não devemos ler apenas os títulos, e sim o artigo inteiro, e conferir as informações. Se você encontrar algo estranho e não souber se é realmente verdade, você também deve procurar e checar: existem outras fontes que confirmam a informação? Sempre ligue o bom senso", frisou.