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Alemanha considera usar aviões militares para deportações

21 de outubro de 2015

Em caso de esgotamento das possibilidades de transporte aéreo civil, Berlim analisa a utilização de aeronaves do Exército para acelerar o repatriamento de migrantes cujos pedidos de asilo tenham sido rejeitados.

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Aeronave militar Transall durante treinamento do Exército alemão para pouso e decolagem em pistas curtas
Foto: picture-alliance/dpa/I. Wagner

A Alemanha está analisando a utilização de aeronaves militares para repatriar migrantes cujos pedidos de asilo foram rejeitados, disse a ministra da Defesa Ursula von der Leyen nesta quarta-feira (21/10).

"Obviamente, o uso do Transall [aeronave de transporte militar] não está descartado. Mas somente no caso em que todas as capacidades de transporte civis estiverem esgotadas e se não afetar missões prioritárias do Exército alemão. Então, tais transportadores podem vir a ser uma opção", disse Von der Leyen.

Com a expectativa recorde de ao menos um milhão de requerentes de asilo na Alemanha neste ano, Berlim quer acelerar o processo no qual as pessoas rejeitadas sejam devolvidas rapidamente aos seus países de origem, a fim de liberar recursos para fornecer o apoio necessário para aqueles que fogem de guerras e perseguição.

O porta-voz do governo federal alemão, Steffen Seibert, disse que é a prioridade é usar aviões civis. "Mas no caso em que a capacidade civil se tornar insuficiente, vamos averiguar o possível uso de aeronaves militares", completou.

Além do avião militar Transall, que pode transportar entre 50 e 60 pessoas, o Exército alemão possui dois Airbus 310 destinados a levar tropas alemãs e com capacidade para 200 passageiros cada.

Também nesta quarta-feira, o tabloide alemão Bild publicou uma matéria justamente sobre a possibilidade do uso de aviões militares para deportar refugiados. Segundo o texto, o número de requerimentos de asilo na Alemanha é atualmente muito maior do que o número de deportações.

Enquanto muitos dos refugiados chegando à Alemanha estão fugindo do Oriente Médio, aproximadamente um terço é considerado migrante econômico, de países como Albânia e Kosovo, e estão ais expostos a serem deportados.

PV/afp/rtr/dpa/ap