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Alemanha fecha 2018 com superávit recorde

22 de fevereiro de 2019

Excedente no orçamento da união chegou a 58 bilhões de euros, o valor mais alto desde a Reunificação. Apesar dos cinco anos consecutivos de recorde no superávit, economia do país europeu vem desacelerando.

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Notas de euro
Foto: picture-alliance/M. Dietrich

A Alemanha fechou 2018 com um superávit de 58 bilhões de euros, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (22/02) pelo Departamento Federal de Estatísticas (Destatis). Esse foi o maior excedente registrado no orçamento desde a Reunificação, em 1989.

As receitas, arrecadadas pelo governo nos níveis federal, estadual e municipal, somaram 1,543 trilhão de euros, enquanto as despesas foram de 1,485 trilhão de euros. O excedente de 58 bilhões representa 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que totaliza 3,4 trilhões de euros.

Segundo o Destatis, 2018 foi o quinto ano consecutivo em que a Alemanha bateu o recorde do superávit. O governo federal é o responsável pela maior fatia do excendente, 17,9 bilhões de euros, seguido pelos municípios, com 14,9 bilhões de euros, e pelos estados, com 11,1 bilhões de euros.

A receita total do ano passado foi 4,7% maior do que a de 2017. As despesas, porém, também cresceram 3,2%.

O Destatis atribuiu o crescimento da receita à força do mercado de trabalho, ao aumento da base contribuinte e à taxação de ganhos de capital, além do incremento de 4,3% nas contribuições do fundo de assistência social feitas por empregados e empregadores.

Em relação às despesas, a Alemanha se beneficiou com as baixas taxas de juros da Europa e a diminuição de 8,5% de sua dívida pública.

Embora o quadro geral seja positivo, vários municípios alemães possuem dívidas elevadas e alertam constantemente para o peso das tarefas de assistência social estipuladas pelo governo federal em seus orçamentos.

Apesar dos bons resultados do orçamento, a economia alemã desacelerou no segundo semestre de 2018 e terminou o ano escapando por pouco da recessão. O PIB alemão cresceu 1,4%, menos que o 1,5% previsto pelo Destatis e por economistas. Foi o nono ano seguido de expansão da economia alemã, apesar de o ritmo de crescimento ter diminuído. Em 2017 e em 2016, a alta havia sido de 2,2%.

Para este ano, institutos de pesquisa econômica, organizações internacionais e o governo alemão reduziram as projeções de crescimento do PIB, fortemente dependente de exportações. Os principais motivos apontados para a redução foram a desaceleração da economia mundial, conflitos comerciais internacionais e a imprevisibilidade gerada pelo Brexit – a planejada saída do Reino Unido da União Europeia.

O governo alemão projeta para 2019 uma alta do PIB de 1%, o crescimento mais baixo desde 2013, quando a expansão foi de 0,5%. Em sua última previsão, a expectativa do governo ainda era de um crescimento de 1,8% para este ano.

CN/dpa/afp

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