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Alemanha, França e Bélgica pedem adesão dos EUA ao Protocolo de Kyoto

gh25 de março de 2002

Ministros do meio ambiente dos três países esperam que documento entre em vigor antes da cúpula Rio +10.

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Protesto do Greenpeace contra Bush em BerlimFoto: AP

Os ministros do Meio Ambiente da Alemanha, França e Bélgica fizeram um apelo aos Estados Unidos para que ratifiquem o Protocolo de Kyoto de proteção ao clima. Em artigo publicado no jornal alemão Frankfurter Rundschau, Jürgen Trittin, Yves Cochet e Olivier Deleuze, afirmam que o programa nacional de proteção ao clima anunciado pelo presidente norte-americano George Bush não é suficiente para cumprir os termos do acordo.

Pelo Protocolo de Kyoto, os quase 40 países industrializados devem reduzir as emissões de gases de efeito estufa a níveis, em média, 5,2% inferiores aos registrados em 1990. Essa meta deve der alcançada até 2012. Alegando que o acordo ameaça a economia dos EUA, o governo Bush decidiu abandoná-lo, no ano passado, apesar do protesto de vários governos europeus e asiáticos. O Brasil também se aliou aos países que pressionam os EUA a assinarem o documento.

Segundo Trittin, Cochet e Deleuze, mesmo que os Estados Unidos reduzissem suas emissões de dióxido de carbono em 7%, como prevê o protocolo, o país em 2012 provavelmente ainda estaria emitindo 24,5% mais gases poluentes do que 1990.

Rio +10 - Os três ministros do Meio Ambiente europeus esperam que o Protocolo de Kyoto entre em vigor ainda antes da reunião de cúpula da ONU Rio +10, marcada para agosto deste ano, em Johannesburgo, na África do Sul. Isso poderá ocorrer sem os Estados Unidos, caso o Japão e a Rússia sigam o exemplo dos países da União Européia e do Leste Europeu, que já ratificaram o acordo.

"Para controlar o efeito estufa de forma global, porém, a participação dos EUA, responsáveis por 25% das emissões mundiais, é imprescindível", afirma o artigo assinado por Trittin, Cochet e Deleuze.

A UE comprometeu-se a reduzir as emissões dos gases de efeito estufa em 8% até 2012. Já a Alemanha prometeu uma redução de 21% em relação a 1990.