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Alemanha recusa vender veículos blindados à Lituânia

22 de fevereiro de 2015

Ministério da Defesa em Berlim confirma reportagem de jornal alemão, afirmando que Alemanha recusou pedido de venda de veículos blindados para a Lituânia. Decisão é criticada por ambos os lados da coalizão de governo.

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Radpanzer Boxer
Foto: picture-alliance/dpa/H. Hanschke

O governo alemão disse que não vai atender a uma solicitação da Lituânia, país aliado na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e parceiro na União Europeia para o fornecimento de veículos blindados sobre rodas Boxer, afirmou o jornal Welt am Sonntag neste domingo (22/02).

De acordo com o jornal, um porta-voz do Ministério da Defesa em Berlim declarou: "O fornecimento de veículos de transporte blindados do Exército alemão ou a revenda desses veículos não estão nos nossos planos para os próximos anos."

O Ministério da Defesa confirmou a informação do Welt am Sonntag. O diário informou ainda que a decisão foi tomada levando em conta exigências das próprias Forças Armadas alemãs.

O pedido da Lituânia veio em meio a temores de segurança alimentados pelo alegado papel de Moscou nas lutas na Ucrânia. A Rússia vem sendo acusada por vários países de apoiar os rebeldes separatistas com armas, equipamentos e até mesmo tropas.

Até agora, Moscou tem negado qualquer envolvimento no conflito, afirmando que os soldados russos que se encontram na Ucrânia seriam meros "voluntários".

Críticas de ambos os lados

A decisão de Berlim de rejeitar o pedido da Lituânia foi criticada por analistas da área de defesa de ambos os lados da grande coalizão de governo.

"Temos grande interesse em aumentar a capacidade de nossos parceiros da Otan no Mar Báltico", afirmou o especialista social-democrata Rainer Arnold ao Welt am Sonntag.

Pelo lado dos conservadores, Florian Hahn, da União Social Cristã (CSU), afirmou que os temores dos países bálticos eram justificados em virtude da crise da Ucrânia.

"Nesta posição, somos obrigados a apoiar nossos parceiros na Otan e na União Europeia o tanto quanto possível. Esse também é o caso para planos de aquisições como este do veículo blindado Boxer", explicou Hahn.

CA/dpa/afp