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Alemanha rejeita termo “apartheid“ em associação a Israel

2 de fevereiro de 2022

Anistia Internacional acusa governo israelense de aplicar sistema de segregação semelhante ao que existiu na África do Sul. Ministério alemão do Exterior: comparação “não contribui para uma solução no Oriente Médio”.

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Soldado israelense observa mulher palestina
Alemanha afirma observar atentamente as questões de direitos humanos dos palestinos em IsraelFoto: Atef Safadi/epa/dpa/picture alliance

O Ministério alemão do Exterior anunciou nesta quarta-feira (02/02) que o país passou a rejeitar o uso da palavra "apartheid” em conexão com Israel. "Rejeitamos expressões como apartheid, com foco unilateral em Israel”, disse o porta-voz da pasta Christopher Burger. "Isso não contribui para uma solução para o conflito no Oriente Médio.”

Na véspera, a Anistia Internacional (AI) acusara Israel de submeter os palestinos a um sistema de apartheid fundado em políticas de "segregação, desapropriação e exclusão”. Segundo a ONG, isso incorreria em crimes contra a humanidade. O governo israelense rejeitou as alegações e alertou que elas somente impulsionariam o antissemitismo.

O ministério alemão classificou a acusação de cometer crime de apartheid como bastante séria e abrangente, além de contraprodutiva. Burger ressaltou que "todos os que defendem os direitos humanos têm responsabilidade de não promover isso de maneira não intencional”.

Ele afirmou que a Alemanha observa atentamente as questões de direitos humanos e se manifesta publicamente em relação aos casos mais críticos. Berlim mantém sua posição contra a expansão dos assentamentos judaicos nos territórios palestinos ocupados e continua a defender uma solução de dois Estados.

Práticas como demolições de casas palestinas e ações de despejo nos territórios ocupados podem incorrer em violações das leis internacionais, completou o Ministério

rc/av (Reuters, EPD)