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Alemanha tem menor incidência de covid em quase dois meses

14 de maio de 2021

Taxa de novos casos por 100 mil habitantes em sete dias cai para menos de 100 pela primeira vez desde 20 de março. Se infecções continuarem em queda, país pode ter alívio nas restrições.

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Mulher faz teste rápido de covid-19 em Hamburgo
Apesar da média alemã estar abaixo de 100, há uma grande diferença na incidência entre os estadosFoto: Daniel Reinhardt/dpa/picture alliance

Pela primeira vez desde 20 de março, a taxa de incidência de covid-19 a cada 100 mil habitantes em sete dias ficou abaixo de 100 na Alemanha, trazendo esperanças de um futuro relaxamento das medidas restritivas impostas no país europeu para conter a transmissão do coronavírus.

O Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental de controle e prevenção de doenças, informou nesta sexta-feira (14/05) que a taxa caiu para 96,5 casos por 100 mil habitantes, contra 103,6 na véspera. A incidência vem diminuindo nos últimos dias: há exatamente uma semana, ela era de 126.

Durante a terceira onda da pandemia na Alemanha, a incidência por 100 mil habitantes chegou a 169,3 – recorde deste ano registrado em 26 de abril. A taxa mais alta já registrada no país foi de 197,6 em 22 de dezembro do ano passado.

A taxa de incidência é uma das principais variáveis utilizadas na Alemanha para guiar o relaxamento ou endurecimento das restrições. Nas regiões onde ela passa de 100 é acionado automaticamente "um freio de emergência", que inclui toque de recolher noturno e restringe o número de pessoas que podem se encontrar em espaços privados.

Apesar de a média alemã estar agora abaixo de 100, há uma grande diferença na incidência entre os estados. Na Turíngia, por exemplo, ela é de 148,5, e na Saxônia, de 133,9. A menor taxa é registrada em Schleswig-Holstein, 42,8.

O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, saudou a queda nas infecções, mas pediu cautela. "As próximas seis semanas serão decisivas sobre como serão julho e agosto", afirmou. Ele lembrou ainda que as restrições de contato em espaços fechados devem permanecer até que a incidência fique abaixo de 50.

Segundo o RKI, foram registradas nesta sexta-feira 11.336 novas infecções no país e 190 mortes em decorrência da doença, elevando o total para mais de 3,5 milhões de casos e 85,8 mil óbitos por covid-19.

Campanha de vacinação avança

Depois de um início lento, devido em grande parte à escassez de imunizantes, a vacinação na Alemanha ganhou ritmo nos últimos dias. Na quarta-feira, o país aplicou mais de 1,35 milhão de doses e bateu o recorde diário.

Até agora, 34,4% da população alemã já recebeu ao menos uma dose da vacina contra a covid-19, e 10% já estão completamente imunizados.

Na corrida da vacinação, a Alemanha aparece à frente de seus vizinhos europeus, como França, Espanha e Polônia, mas ainda está bem atrás do Reino Unido, onde mais da metade da população já recebeu a primeira dose da vacina.

Para acelerar a vacinação em regiões com altas taxas de incidência, Berlim iniciou nesta sexta-feira um projeto-piloto num bairro da cidade. Cerca de 10 mil moradores de Neukölln foram convidados a se vacinar mesmo sem fazer parte do grupo prioritário e também sem precisar marcar um horário. A ação gerou uma fila em frente ao centro de vacinação local, onde estão sendo aplicadas doses dos imunizantes da Moderna e Johnson & Johnson.

cn/ek (Reuters, DW, ots)