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Alemã critica campanha eleitoral russa

rw6 de dezembro de 2003

Chefe da comissão de observadores da Organização para Segurança e Cooperação na Europa, Rita Süssmuth, disse que partidos apareceram de forma desproporcional no debate público para as eleições parlamentares deste domingo

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Campanha intensificada nos últimos diasFoto: AP

Os partidos políticos não dispõem do mesmo acesso aos meios de comunicação e apareceram assim de forma desproporcional no debate público, disse a deputada alemã em entrevista à Deutsche Welle. Rita Süssmuth, da União Democrata Cristã, declarou-se preocupada com os rumos da democracia e dos direitos humanos na Rússia.

A primeira eleição parlamentar sob a presidência de Vladimir Putin será acompanhada por 400 observadores da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). A ex-presidente do parlamento alemão considera que, em comparação com o passado, desta vez os meios de comunicação russos informaram amplamente sobre a votação. Em nível regional, entretanto, as reportagens teriam sido muito restritivas. A televisão, por exemplo, teria dedicado muito espaço ao partido da Rússia Unida, ao presidente Vladimir Putin e aos comunistas.

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Cartaz da campanha do partido Rússia UnidaFoto: AP

Embora a campanha eleitoral às eleições legislativas russas tenha se intensificado nos últimos dias, acrescentou Süssmuth, continuou baixo o interesse da população pelo tema. A presidente da comissão de observadores da OSCE acompanha com preocupação o desenvolvimento da democracia e dos direitos humanos na Rússia e assinala que nos últimos anos houve um retrocesso na liberdade de imprensa neste país.

Observadores também do Conselho Europeu

O alemão Rudolf Bindig concorda com Süssmuth: "Há muitos problemas na Rússia. Só alguns partidos são favorecidos, e estes, por se considerarem fortes, não dão oportunidade de discussão aos menores".

Bindig foi destacado pelo Conselho Europeu para observar a votação. Ele se ocupa há dez anos com a Federação Russa, já tendo desempenhado a mesma função na última eleição presidencial naquele país. Neste domingo, ele e dois colegas acompanharão a eleição em Krasnodar, a cerca de 1600 quilômetros ao sul de Moscou.

O alemão conta que entre suas tarefas está, antes de mais nada, o controle da urna para ver se ela realmente está vazia antes de receber o voto do primeiro eleitor. Entre suas responsabilidades estão ainda o controle aleatório de mesas eleitorais, das cédulas eleitorais e da contagem de votos.

Rita Süßmuth
Rita Süssmuth

A votação deste domingo é considerada um teste para Vladimir Putin e para a eleição presidencial de março do próximo ano. A campanha eleitoral foi marcada pelo terror patrocinado por rebeldes da República separatista da Chechênia, responsabilizados pelo grave atentado contra um trem na sexta-feira (5), que causou a morte de mais de 40 pessoas.

Observadores acreditam que o partido da Rússia Unida seja o vitorioso. Segundo o único instituto de pesquisas de opinião considerado independente no país, o Vziom-A, o partido que apóia o presidente deverá receber cerca de 30% dos votos, enquanto os comunistas podem contar com 25% dos votos.