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Vovó traficante

17 de fevereiro de 2010

Idosa de 85 anos confessou traficar cocaína e heroína da Holanda para a Alemanha junto com filho e neto. Ela aceitava serviço doméstico como pagamento pelas drogas, transportadas em pacotes de café.

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'Vovó do pó' alemã escondia renda do tráfico em casaFoto: picture-alliance / ZB

Uma idosa de 85 anos está sendo julgada em um tribunal da cidade de Wuppertal, no oeste alemão. Ela é acusada de traficar quilos e quilos de heroína e cocaína. A aposentada, da cidade de Solingen, confessou o crime e é tida como a traficante de drogas mais velha da Alemanha.

Hannelore M. está sendo julgada juntamente com quatro outros réus, entre eles, seu filho, de 50 anos, e seu neto, de 28 anos. "Minha mandante reconhece sua culpa", ressalta a advogada da aposentada, Isabell Schemmel.

Prisão após longa observação policial

A octogenária e sua família foram presas em agosto passado, depois de terem estado por diversos meses sob observação policial realizada por um grupo especial de investigação batizado de "comissão aposentadoria". Os policiais encontraram no apartamento da idosa, entre outras provas, quase três quilos de heroína, no valor de 70 mil euros, cocaína e duas armas de fogo.

A procuradoria acusa a aposentada de traficar heroína da Holanda desde março de 2008, em companhia de seu filho, viciado em drogas. Ela transportava a mercadoria, de carro, embalada em pacotes de café, até Solingen, onde comercializava os entorpecentes.

Droga trocada por trabalho doméstico

Segundo a acusação, a idosa optava também por aceitar a prestação de serviços domésticos ou de jardinagem como pagamento, ao invés de receber dinheiro.

Mais tarde, quando as viagens à Holanda foram assumidas por seu neto, a aposentada passou a guardar heroína em casa, onde também escondeu o dinheiro do tráfico.

Ao todo, ela é acusada de ter transportado, junto com seus cúmplices, entre 200 e 500 gramas de drogas em cada viagem à Holanda, somando mais de 11 quilos de entorpecentes traficados.

A acusada esperou o julgamento em liberdade, pois confessou o crime logo após sua prisão. Caso sejam condenados, os réus podem pegar de cinco a 15 anos de prisão. O veredicto está previsto para o final de março.

MD/dpa/afp

Revisão: Roselaine Wandscheer