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Amigos da Síria pressionam oposição a participar de conferência na Suíça

12 de janeiro de 2014

Durante encontro em Paris, com participação do líder da coalizão da oposição síria, países reforçam a necessidade da presença de todos os envolvidos no conflito em conferência para negociar a paz.

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Foto: picture-alliance/AA

Representantes de 11 países da aliança Amigos da Síria reuniram-se em Paris neste domingo (12/01) para tentar convencer a Coalizão Nacional da oposição síria a participar da conferência pela paz no país, a ser realizada na Suíça no próximo dia 22 de janeiro. A oposição moderada discute há meses uma possível participação neste encontro.

Na rodada de negociações, realizada no Ministério francês do Exterior, estiveram presentes os representantes da pasta de Exterior da França, dos EUA, Alemanha, Reino Unido, Arábia Saudita e Turquia. Também estiveram presentes representantes da Itália, dos Emirados Árabes Unidos, Catar, Egito e Jordânia.

Além deles, participou também da reunião Ahmed al-Djarba, líder do grupo opositor Coalizão Nacional Síria.

A conferência, programada para ocorrer na cidade de Montreaux, já foi adiada diversas vezes. O objetivo é reunir todas as partes do conflito na mesa de negociações e buscar uma saída para os conflitos na Síria, que já duram quase três anos. Caso o processo de negociações seja realmente iniciado durante o encontro, as reuniões para definir medidas concretas poderão se estender por meses a fio.

O ministro alemão do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que sem a participação da oposição será praticamente impossível chegar a um consenso político na Síria. A primeira meta, segundo ele, é possibilitar o acesso de organizações de ajuda humanitária às regiões de conflito no país. Mais de 100 mil pessoas já morreram nos confrontos, iniciados em março de 2011.

Steinmeier defendeu ainda a participação do Irã na conferência em Montreux, em oposição à resistência dos EUA. Fora do encontro oficial em Paris, o ministro alemão reuniu-se separadamente com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

Mortes entre grupos rivais

A violência na Síria continua sem trégua. Ativistas do grupo jihadista Estado Islâmico no Iraque e do Levante (Eiil) cometeram, segundo informações do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, em Londres, 16 atentados suicidas com homens-bomba contra outros grupos rebeldes em apenas uma semana.

Dezenas de pessoas morreram nas províncias de Aleppo, Idlib, Hooms e Raka nos últimos dias, em consequência das ações dos homens-bomba. Somente no sábado, o saldo de mortos foi de 39 rebeldes. Os dados do Observatório, porém, não podem ser comprovados.

Ainda segundo a organização, desde o início da ofensiva de diversos grupos de rebeldes contra o agrupamento Eiil, há aproximadamente uma semana e meia, cerca de 700 pessoas morreram. E o destino de centenas de outros prisioneiros é incerto.

Diante dos constantes confrontos entre grupos rivais de rebeldes, as Forças Armadas da Síria contaram com solo fértil para se expandir: tropas do governo passaram a controlar a cidade de Nakarin, nas proximidades de Aleppo, como relata o Observatório. Um ativista no local afirmou que o avanço das tropas de Bashir al-Assad é resultado óbvio dos combates dos diversos grupos de rebeldes entre si.

SV/dpa/afp/rtr