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Apoiadora da teoria da conspiração QAnon é eleita nos EUA

4 de novembro de 2020

Republicana conquista mandato na Câmara dos Representantes pelo estado sulista da Geórgia. Ela afirmou integrar movimento oriundo da teoria da conspiração e teve apoio de Trump em sua campanha.

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Marjorie Taylor Greene
Marjorie Taylor Greene afirmou que negros americanos não sofrem com o racismoFoto: picture-alliance/AP/J. Bailey

Uma candidata republicana que já deu declarações racistas e manifestou apoio à teoria da conspiração QAnon foi eleita para a Câmara dos Representantes dos EUA nesta terça-feira (03/11).

A eleição de Marjorie Taylor Greene para a câmara baixa do Congresso dos EUA era dada como quase certa após sua vitória nas primárias republicanas do estado sulista da Geórgia em agosto. A eleita tomará posse no novo Congresso em 3 de janeiro de 2021.

"Grande vitória esta noite", escreveu Taylor Greene, que tem 46 anos, na rede social Twitter. Ela contou com o apoio do presidente Donald Trump, que a felicitou calorosamente pela sua vitória nas primárias e a chamou de uma futura estrela republicana.

"Marjorie é forte em todos os sentidos e nunca desiste – uma verdadeira VENCEDORA!", escreveu Trump no Twitter após a vitória dela nas primárias.

"Pedófilos satânicos"

Durante a sua campanha para as primárias, Taylor Greene afirmou fazer parte do movimento QAnon, que defende a existência de uma seita mundial de pedófilos satânicos que travam uma guerra secreta contra Trump.

De acordo com a teoria QAnon, os Estados Unidos têm sido liderados durante décadas pelo "Deep State", uma organização secreta que reúne altos funcionários governamentais, além dos Clintons, dos Obamas, dos Rothschilds e do investidor George Soros.  

As primeiras mensagens crípticas sobre a "seita" apareceram em 2017, escritas por um misterioso "Q", uma pessoa que seria de dentro do governo. "Q é um patriota", disse Taylor Greene em 2017.

"Esta é a oportunidade de uma vida inteira para eliminar esta cabala global de pedófilos satânicos e penso que temos o presidente certo para isso", afirmou, então. 

Ela também disse que os homens brancos eram o grupo que mais sofria abusos nos Estados Unidos e negou que os afro-americanos sejam vítimas de racismo no país. 

AS/lusa/ap