Após anos de zombaria, vilarejo austríaco muda de nome
2 de janeiro de 2021O vilarejo de Fucking, na Áustria, oficializou na sexta-feira (01/01) a mudança de nome da localidade para pôr fim à zombaria associada ao local e aos constantes roubos de placas. Os habitantes esperam que a mudança consiga finalmente afastar turistas e curiosos que visitavam a região somente para tirar fotografias na entrada do vilarejo.
Nas últimas semanas, a cidade trocou as placas que marcam os limites do vilarejo, substituindo o nome Fucking pelo mais inofensivo Fugging. O prefeito de Tarsdorf, que engloba o distrito do célebre vilarejo, Andrea Holzner, disse esperar que a mudança de nome, que passou a valer na sexta-feira, finalmente traga sossego para os habitantes, que eram chamados de fuckingers antes da mudança.
Há anos, os cerca de 100 moradores do lugarejo, localizado no norte do país, próximo à fronteira da Alemanha, pressionavam para que o nome fosse mudado. Embora a palavra "fucking" em inglês seja associada com um termo vulgar para sexo ou um palavrão, Fucking não tem nenhum significado em alemão.
A comunidade local estava frustrada com os roubos da placa de entrada da vila e com os turistas. Mais recentemente, as autoridades locais apontaram que alguns turistas estavam publicando fotos nas redes sociais em poses obscenas na entrada do vilarejo.
Embora o vilarejo tivesse o nome de Fucking há cerca de mil anos, durante séculos era desconhecido fora da região. Com o surgimento da internet, porém, acabou atraindo atenção mundial, aparecendo frequentemente em listas de locais com nomes engraçados.
Em 2019, alguns moradores usaram o nome em campanhas de ativismo, acrescentando à placa frases como "Nosso clima é – Fucking – importante!".
A mudança de nome foi finalmente aprovada em novembro de 2020. "Fugging" aparentemente reflete melhor a pronúncia local do nome do vilarejo. Já as localidades vizinhas de Oberfucking e Unterfucking não têm planos de mudar seus nomes.
O prefeito Holzner ainda avalia o que fazer com as placas que indicam o antigo nome do vilarejo. Uma possibilidade é organizar um leilão para levantar fundos para caridade.
JPS/dpa/ots/dw