1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Após avalanche fatal, Nepal muda rota do Everest

18 de fevereiro de 2015

Novo trajeto apresenta menos risco de deslizamentos de neve e terá como objetivo evitar local onde 16 alpinistas morreram no ano passado.

https://p.dw.com/p/1EdlD
Mount Everest
Foto: picture-alliance/dpa

Autoridades nepalesas anunciaram nesta quarta-feira (18/02) que vão mudar a rota utilizada pelos montanhistas no Everest, após a avalanche que matou 16 guias locais no ano passado, no acidente com mais mortes na história das escaladas do pico mais alto do mundo.

A nova rota conduzirá os alpinistas ao centro da cascata de gelo Khumbu, logo acima do acampamento-base na montanha, evitando o lado leste da geleira onde ocorreu a avalanche fatal no ano passado.

"Vamos estabelecer a rota pelo centro para minimizar os riscos de avalanches", explicou Yangee Sherpa, da agência governamental responsável pela escolha da nova rota. "Já preparamos os equipamentos necessários para o início da estação."

Uma equipe de alpinistas experientes vai preparar a rota para o pico de 8,848 metros no próximo mês. Eles vão fixar as cordas de segurança no local, utilizado pela última vez em 1990.

"Khumbu é conhecida por ser uma rota difícil, por isso vamos utilizar um caminho central na cascata de gelo neste ano", afirmou Lhakpa Sherpa, vice-presidente da Associação de Instrutores de Guias Montanhistas do Nepal.

Tashi Sherpa, que já escalou o Everest oito vezes, explicou que a nova rota é menos arriscada porque não há abismos de gelo ou geleiras pendentes sobre o local. Ainda assim, alerta ele, as geleiras podem repentinamente se romper na primavera, propiciando quedas de rochas e avalanches.

Norbu Sherpa Mount Everest Expedition
Guias locais durante expedição no EverestFoto: Norbu Sherpa

"É um pouco mais difícil de escalar, mas há menos perigo de acidentes com gelo ou neve caindo de cima", conta.

A morte dos 16 montanhistas durante a breve estação de escaladas no ano passado levou ao fechamento, até então sem precedentes, do pico mais alto do mundo.

Mais de 300 pessoas, em sua maioria guias locais, perderam a vida na montanha desde a primeira vez que se chegou ao topo do Everest em 1953.

RC/afp/dpa