As declarações polêmicas de Lula na política externa
As declarações polêmicas de Lula na política externa
Comparação com o Holocausto
Em fevereiro de 2024, Lula irritou Israel. Ele foi declarado "persona non grata" pelo governo israelense após fazer uma analogia entre o Holocausto e mortes de civis palestinos em ataques israelenses na Faixa de Gaza. "O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus."
"É um genocídio"
Não foi a primeira vez em que Lula provocou polêmica ao se posicionar sobre o conflito entre Israel e o Hamas. Em outubro de 2023, ele chamou de "genocídio" os ataques em Gaza. "Não se trata de discutir quem está certo e errado, quem deu o primeiro tiro, quem deu o segundo, o problema é que não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase 2.000 crianças que não têm nada a ver com essa guerra"
"Israel também está cometendo terrorismo"
Em novembro de 2023, Lula reiterou sua condenação aos atos terroristas do Hamas, mas disse que os ataques israelenses em Gaza também são terroristas. "Nunca vi uma violência tão brutal, tão desumana contra inocentes. Se o Hamas cometeu um ato de terrorismo, o Estado de Israel também está cometendo um ato de terrorismo", afirmou.
"Zelenski tão responsável quanto Putin pela guerra"
Quando ainda era pré-candidato à Presidência, Lula irritou o governo de Kiev e incomodou parceiros ocidentais ao dizer que o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, é "tão responsável quanto Putin" pela invasão lançada por Moscou contra seu país. Foi durante uma entrevista à revista americana "Time" publicada em maio de 2022.
"Rei da cocada"
Na mesma entrevista, o brasileiro insinuou que o ucraniano aproveita o conflito para buscar destaque pessoal. "Você fica estimulando o cara [Zelenski] e ele fica se achando o máximo. Ele fica se achando o rei da cocada, quando na verdade deveriam ter tido conversa mais séria com ele: 'Ô, cara, você é um bom artista, você é um bom comediante, mas não vamos fazer uma guerra para você aparecer'."
"A Rússia está errada"
Em janeiro de 2023, durante visita ao Brasil do chanceler alemão, Olaf Scholz, Lula se retratou sobre o que disse à "Time". "Naquela época eu disse uma coisa que eu ouvi a vida inteira. Quando um não quer, dois não brigam", declarou. "Hoje eu tenho mais clareza da razão da guerra; e eu acho que a Rússia cometeu o erro clássico de invadir o território de outro país; portanto, a Rússia está errada."
"Decisão por conflito foi dos dois países"
Em abril de 2023, Lula voltou culpar tanto Kiev como Moscou, em visita a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. "Putin não toma a iniciativa de parar. Zelenski não toma a iniciativa de parar. A Europa e os EUA continuam contribuindo para a continuação desta guerra. Temos que sentar à mesa e dizer para eles: 'Basta'", disse, acrescentando que a "decisão pelo conflito foi tomada por dois países".
"Putin não vai ser preso se vier ao Brasil"
Durante a cúpula do G20 em Nova Déli, em setembro de 2023, Lula disse que ignoraria o mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o líder russo, Vladimir Putin. "Se eu for presidente do Brasil, e se ele [Putin] vier para o Brasil, não tem como ele ser preso. Não, ele não será preso. Ninguém vai desrespeitar o Brasil." Dias depois, ele recuou: "Quem toma a decisão é a Justiça".
"Venezuela tem mais eleições do que o Brasil"
Em junho de 2023, durante entrevista à Rádio Gaúcha, Lula afirmou que "a Venezuela tem mais eleições do que o Brasil", ao responder uma pergunta de um repórter sobre a resistência da esquerda em se reconhecer que o presidente daquele país, Nicolás Maduro, é um ditador. E acrescentou: "O conceito de democracia é relativo para você e para mim."