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As principais notícias sobre a pandemia de covid-19 (09/04)

9 de abril de 2020

Casos confirmados superam 1,5 milhão em todo o mundo. Números voltam a cair na Espanha. Boris Johnson deixa UTI, mas continua internado. Brasil tem 17.857 casos confirmados e 941 óbitos.

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Profissionais de saúde na Itália
Aumento diário de casos na Itália é de cerca de 2,8%, número bem abaixo dos quase 25% já registradosFoto: picture-alliance/NurPhoto/C. Minelli

Resumo desta quinta-feira (09/04):

  • Mundo tem 1,5 milhão de casos confirmados, mais de 95 mil mortes e 353 mil pacientes recuperados
  • Brasil tem 17.857 casos confirmados e 941 óbitos, segundo Ministério da Saúde; pacientes recuperados são 173
  • Boris Johnson deixa UTI, mas continua internado
  • 2,5 milhões de brasileiros receberam auxílio emergencial de 600 reais nesta quinta-feira
  • Mortes na Alemanha ultrapassam 2.100.

Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:

21:46 – Doria ameaça prender quem desrespeitar quarentena em SP

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quinta-feira (09/04) que pretende tomar medidas mais rígidas para manter a efetividade da quarentena no estado, inclusive com a possibilidade de prisão e multa para quem desrespeitar as orientações.

Sistemas que monitoram aglomerações e deslocamentos indicam que a taxa de isolamento social no estado de São Paulo caiu para 49% na quarta-feira (8), menor índice registrado desde o início da quarentena.

Segundo Doria, a movimentação de pessoas no próximo fim de semana será avaliada e, se não atingir ao menos 60% de abrangência, o governo terá que tomar medidas mais duras.

"Se não houver neste final de semana consciência das pessoas, seja na capital de São Paulo ou em qualquer outra região neste fim de semana, nós estamos monitorando isso pelos celulares, a partir de segunda-feira o governo do estado de São Paulo tomará medidas mais rigorosas e mais duras, inclusive com a penalização de prisão para as pessoas que desobedecerem essa orientação", declarou Doria em entrevista ao SPTV, da Rede Globo.

"Eu espero sinceramente que nós não tenhamos que chegar a esse patamar, a esse nível, mas, se tivermos que fazer, vamos fazer em defesa da vida", completou. "Eu queria evitar isso", afirmou ainda o governador, acrescentando que "as pessoas precisam ter consciência da gravidade da situação em que nós estamos".

21:00 – UE chega a acordo sobre resposta econômica comum ao coronavírus

Os ministros das Finanças europeus chegaram nesta quinta-feira (9) a um acordo para um plano de ajuda no valor de 500 bilhões de euros para enfrentar as consequências da pandemia do novo coronavírus, após superadas as objeções da Holanda.

"A Europa tomou uma decisão e está pronta para enfrentar a gravidade da crise", tuitou o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, após o encontro, que, segundo o porta-voz do presidente do Eurogrupo, "acabou com aplausos dos ministros".

Esse meio trilhão de euros estará disponível "imediatamente", explicou Le Maire, isto é, sem condições. No entanto, os 27 países-membros do bloco voltaram a descartar a ideia de uma missão de dívida comum, como queriam Espanha e Itália.

Há semanas, países membros da UE vinhamlutado para apresentar uma frente unida diante da pandemia, discutindo sobre dinheiro, equipamentos médicos, restrições de fronteiras e comerciais, em meio a complexas discussões que mostraram divisões amargas.

20:40 – Países da África rumam para pico de casos de coronavírus em semanas, diz OMS

Alguns países da África podem ter um pico de casos de coronavírus nas próximas semanas, e os exames deveriam ser ampliados com urgência na região, disseram autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira.

"Durante os últimos quatro dias, pudemos ver que os números quase dobraram", disse Michel Yao, diretor programador de reação de emergência para a África da OMS, em uma teleconferência com a imprensa.

"Mesmo se a tendência continuar, e também aprendendo com o que aconteceu na China e na Europa, alguns países podem enfrentar um pico enorme em breve", disse, acrescentando que este pode ocorrer nas próximas semanas, mas sem identificar os Estados.

A quantidade de pessoas infectadas com o novo coronavírus na África tem sido relativamente baixa até agora – quase 11 mil casos e 562 mortes, de acordo com uma contagem da agência Reuters baseada em comunicados do governo e dados da OMS.

Chefe da OMS na África, Matshidiso Moeti disse que existe uma "necessidade urgente" de realizar exames muito além das capitais africanas agora que o vírus está se espalhando pelos países.

"Sem ajuda e ação já, países pobres e comunidades vulneráveis podem sofrer uma devastação imensa", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a diplomatas em Genebra.

20:40 – Bolsonaro volta a passear pelo comércio em meio à pandemia

Jair Bolsonaro voltou a passear pelo comércio do Distrito Federal nesta quinta-feira (09/04). Sem usar máscara, o presidente visitou uma padaria de Brasília e tirou fotos com apoiadores. A presença de Bolsonaro provocou aglomerações no local.

Um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo, publicou no Twitter um vídeo da visita. Nele, o presidente aparece tocando em funcionários da padaria enquanto posa para fotos. Quase nenhuma pessoa que apareceu no vídeo, incluindo membros da comitiva de Bolsonaro, seguiu a recomendação do Ministério da Saúde de manter distância de pelo menos um metro uma da outra. 

O passeio ocorre no mesmo dia em que o Brasil voltou a registrar pela terceira vez consecutiva mais de cem mortos por coronavírus num mesmo dia. O total de vítimas da doença no país já chega 941.

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19:30 – Alemanha organiza "ponte aérea" para garantir colheita de aspargos

A Alemanha iniciou nesta quinta-feira (09/04) o transporte aéreo de trabalhadores sazonais estrangeiros que vão atuar nas colheitas do país. Os dois primeiros voos, organizados com severas medidas de precaução, aterrissaram em Berlim e Düsseldorf. A bordo dos aviões estavam 530 trabalhadores da Romênia.

Os voos, organizados pela companhia aérea alemã Eurowings, foram os primeiros de um amplo programa lançado pelo governo da Alemanha para garantir que as fazendas do país não fiquem sem trabalhadores no período da colheita. 

Antes do programa, milhares de trabalhadores não estavam conseguindo chegar à Alemanha por causa do fechamento generalizado de fronteiras dentro da união Europeia. Para piorar, em 25 de março, a Alemanha chegou a anunciar que pretendia proibir a entrada desses trabalhadores sazonais no país, numa tentativa de conter a propagação do novo coronavírus. 

Mas o setor agrícola reclamou que sem os trabalhadores não haveria como completar a colheita de alimentos como aspargos e morangos.

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17:00 – Brasil registra mais 141 mortes por covid-19; total chega a 941

Novo balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira aponta que o total de mortes por covid-19 no país chegou a 941. 

Mais 141 mortes foram registradas nas últimas 24 horas, um novo recorde diário. Na quarta-feira, haviam sido contabilizadas mais 133 mortes.

Já o total de casos de infecção no Brasil também cresceu, mas em número menor do que o registrado na quarta-feira. Agora são 17.857 – 1.930 a mais nas últimas 24 horas, um crescimento de 12%. Ontem, haviam sido 2.210 a mais.

No entanto, o próprio ministério tem apontado que o número real de casos é provavelmente maior, já que apenas pacientes internados em hospitais estão fazendo testes e há casos ainda à espera de confirmação.

16:40 – "Não podemos ser imprudentes", adverte Merkel

A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, pediu nesta quinta-feira (09/04) paciência aos alemães, num momento em que as temperaturas amenas da primavera têm favorecido atividades fora de casa, sublinhando que a situação do país em meio à pandemia do coronavírus continua "frágil".

 "Vamos precisar de paciência", declarou a líder em coletiva de imprensa, defendendo que os cidadãos não relaxem em relação às medidas de isolamento social. Segundo Merkel, os alemães terão que "conviver ainda algum tempo com o vírus". A fala ocorre um dia antes do feriado prolongado de Páscoa, que tem previsão de transcorrer em meio a temperaturas elevadas após o fim do inverno.

"Não podemos ser imprudentes, não podemos nos deixar levar por uma falsa sensação de segurança", alertou Merkel. "Sei disso por experiência própria: você tem um pouco de esperança, depois ganha confiança, fica um pouco mais relaxado por dentro, e daí acaba sendo um tanto imprudente", disse.

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16:07 – Boris Johnson deixa UTI, mas continua internado

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, deixou a unidade de terapia intensiva nesta quinta-feira. Diagnosticado com covid-19, ele passou três dias na UTI após uma piora do seu estado de saúde na última segunda-feira. 

Em comunicado, um porta-voz do governo disse que Johnson "foi transferido nesta tarde dos cuidados intensivos à sala geral, onde estará sob estreita vigilância na fase inicial de sua recuperação

"Ele está extremamente de bom humor", completa o texto. Segundo o governo, no período em que permaneceu internado, Johnson não necessitou de um respirador.

O político de 55 anos recebeu o diagnóstico de covid-19 no dia 27 de março. Pouco mais de uma semana depois, o premiê britânico foi internado no St. Thomas, um hospital público em Londres. 

Com a usência de Johnson, o ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab, tem comandado o governo.

14:20 – 16,8 milhões solicitaram seguro-desemprego nos EUA em três semanas

O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos informou que contabilizou na semana encerrada em 4 de abril mais 6,9 milhões de solicitações de seguro-desemprego. Em três semanas, o total de solicitações alcançou 16,8 milhões, cerca de 10% da força de trabalho do país. O número explicita os danos que a pandemia de coronavírus está causando na economia americana.

USA Symbolbild Arbeitslosigkeit Corona-Pandemie
Fila para pedido de auxílio nos EUAFoto: Reuters/N. Oxford

O número divulgado hoje não chegou a superar o recorde histórico alcançado na semana anterior, que foi de 6,867 milhões de pedidos, mas superou a previsão de especialistas, que calcularam que algo em torno de 5,25 milhões de postos de trabalho seriam fechados no período.

Os dados, no entanto, não refletem toda a realidade do emprego nos EUA, já que os autônomos e as pessoas empregadas informalmente, não podem dar entrada no benefício.

A consultora Oxford Economics disse em nota que espera ver uma perda de 24 milhões de empregos em abril, o que elevaria a taxa de desemprego para 14%.

Em março, o Congresso aprovou um pacote de estímulo de US$ 2,2 trilhões para tentar minimizar o impacto da pandemia de coronavírus.

14:10 – 2,5 milhões de brasileiros receberam auxílio emergencial de 600 reais nesta quinta-feira

A Caixa Econômica Federal informou que creditou nesta quinta-feira os primeiros pagamentos do auxílio emergencial de 600 reais nas contas de 2.150.497 clientes do banco. Outras 436.078 transferências foram realizadas pelo Banco do Brasil. No total, foram disponibilizados cerca de R$ 1,5 bilhão

Na terça-feira (14), será feito o pagamento da primeira parcela para mais 3,5 milhões de pessoas por meio de crédito na nova conta digital da Caixa. Até a manhã desta quinta, 28 milhões de pessoas se cadastraram para receber o benefício.

14:00 – Itália volta a registrar alta no número de mortos

As autoridades sanitárias da Itália registraram mais 610 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas. O número é superior ao balanço de quarta-feira, que havia contabilizado 542 vítimas.  O número, porém, é significativamente mais baixo que o registrado em 27 de março, quando morreram 919 pessoas no país. 

O número de novos casos de covid-19 também voltou a subir, chegando a 4.204, um aumento em relação aos 3.836 anunciados na quarta-feira.

No total, 18.279 pessoas morreram desde o início da pandemia na Itália, o país com mais vítimas no mundo. O número de contaminados chegou a 143.626. Cerca de 28 mil pessoas se recuperaram. 

11:30 – Casos de coronavírus superam 1,5 milhão em todo o mundo

O número de casos do novo coronavírus superou 1,5 milhão nesta quinta-feira, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins. Em todo o mundo, são 1.502.618 casos confirmados e 89.915 mortes.

O país com o maior número de infecções é os Estados Unidos (432.554), o equivalente a cerca de 28% das notificações. Em seguida vêm Espanha (152.446), Itália (139.422), Alemanha (113.296) e França (83.080). 

A Itália é o país que registra mais mortes: 17.669, com taxa de letalidade de 12,6%. Depois vêm Espanha (15.238, taxa de letalidade de 10%), Estados Unidos (14.829, taxa de letalidade de 3,4%) e França (10.887, taxa de letalidade de 13,1%). A China, país onde a pandemia teve origem no final de dezembro, registra agora 82.883 casos e 3.339 mortes.

10:50 – Mortes por covid-19 no Brasil já superam óbitos por dengue e H1N1 em 2019  

O número de mortos por covid-19 no Brasil ultrapassou o total de óbitos por dengue e H1N1 registrado em todo o ano passado. 

De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (08/04), o país soma 800 mortes em decorrência do novo coronavírus desde 17 de março, quando a primeira morte foi confirmada.

Durante todo o ano passado, foram registrados 782 óbitos por dengue e outros 312 continuam em investigação, mostra boletim epidemiológico divulgado pela pasta da Saúde em janeiro. O monitoramento feito pela Secretaria de Vigilância em Saúde revela que neste ano, até 28 de março,  haviam sido confirmados 148 óbitos por dengue no país.

De acordo com outro boletim epidemiológico, publicado em dezembro, em 2019 morreram no Brasil 787 pessoas vítimas de Influenza A (H1N1).  

09:55 – Número de casos e de mortes na Espanha cai após dois dias de alta 

Os números de infectados e de mortos na Espanha em decorrência de covid-19 voltaram a cair nesta quinta-feira (09/04), após dois dias consecutivos de alta, informou o Ministério da Saúde espanhol. Nas últimas 24 horas, 5.756 novos casos foram registrados e houve 683 mortes. No total, a Espanha tem 152.446 casos e 15.238 mortes, de acordo com contabilização da universidade americana Johns Hopkins 

A região mais afetada é a de Madri (43.877 casos e 5.800 mortos), seguida pela da Catalunha (31.043 infecções e 3.148 óbitos), a de Castela-Mancha (12.489 casos e 1.322 óbitos), a de Castela e Leão (10.518 infecções e 1.082 óbitos) e a do País Basco (9.806 casos e 689 mortes). 

Com os novos casos anunciados nesta quinta-feira, a Espanha volta a ser o segundo país com o maior número de mortes, atrás apenas da Itália (17.669). Mais cedo, a Espanha havia sido ultrapassada pelos Estados Unidos, que agora é o terceiro país com mais óbitos (14.808).  

07:40 – Itália começa a estudar retomada gradual das atividades 

Há exatamente um mês em quarentena total em decorrência da pandemia, a Itália começa a pensar na retomada das atividades. As medidas de isolamento deram resultado no país europeu mais afetado pela pandemia do coronavírus Sars-Cov-2: nesta quarta-feira (08/04), o número de casos subiu apenas 2,8%. O percentual chegou a alcançar a quase 25%.

O país também registrou o maior salto em pacientes recuperados em um dia e chegou a registrar a menor subida de mortes em 24 horas em mais de um mês. 

Porém, para declarar uma área completamente livre de uma epidemia viral, é necessário que a distância do último caso notificado seja superior ao período de incubação, explicou à Folha de S. Paulo o virologista Giovanni Maga, diretor do laboratório de virologia molecular do Conselho Nacional de Pesquisas, em Pavia. 

No caso do atual coronavírus, esse tempo seria de três semanas após a identificação da última pessoa diagnosticada. Como isso deve levar muito tempo para ocorrer, a Itália deve começar a retomar gradativamente as atividades, mesmo com o vírus ainda circulando. Espera-se que o primeiro-ministro Giuseppe Conte anuncie nos próximos dias quanto o isolamento obrigatório ainda vai durar. As discussões se concentram em como liberar, primeiro, setores da indústria italiana. 

A quarentena está prevista para terminar, oficialmente, em 13 de abril. Porém, o governo avalia diariamente o andamento dos contágios. Pode ocorrer de a retomada das atividades na Itália não ser em nível nacional, já que há uma grande variação entre as regiões mais e menos afetadas.  

 06:45 – Retomada das atividades precisa ser gradativa e rigorosamente controlada, recomenda Comissão da UE

Segundo um estudo da Comissão Europeia, as restrições impostas devido à rápida disseminação da covid-19 devem ser relaxadas em pequenas etapas rigorosamente controladas, ao longo de vários meses. Para que isso possa ocorrer, todos os países do bloco precisam cumprir dois requisitos: um abrandamento acentuado na propagação do coronavírus e um número suficiente de leitos hospitalares e de UTI.

Os governos nacionais pediram à Comissão Europeia o desenvolvimento de um projeto para orientar os passos a serem seguidos pelos países do bloco para retomar as atividades. O estudo seria debatido nesta quarta-feira (08/07), mas, a pedido de vários países, será analisado na próxima semana, depois da Páscoa.

Os especialistas aconselham, também, que deve haver um certo período de tempo, por exemplo um mês, entre as medidas individuais tomadas pela Alemanha e pelos outros países da UE. Assim, os efeitos do relaxamento poderão ser observados primeiro em nível local e, dependendo dos resultados, as restrições podem ser reintroduzidas. Com o tempo, as medidas ficarão mais focadas em certos grupos, como os idosos.

Em princípio, a Comissão da UE determina uma abordagem coordenada de todos os países. "O momento e as formas específicas para uma estratégia de saída podem diferir entre os países  membros, mas é imprescindível que exista uma abordagem e uma estrutura comuns para isso", diz o documento.

Os especialistas acreditam que uma transição gradual faz sentido na economia. "Nem toda a população deve voltar ao trabalho ao mesmo tempo", afirmam. Em vez disso, deve-se priorizar as atividades econômicas de maior importância e levar em consideração, também, as atividades que podem seguir sendo feitas de casa.

Nas lojas, o número de clientes simultâneos deve ser inicialmente limitado. Nas escolas, as turmas devem ser reduzidas para que as crianças possam manter distância umas das outras. Ofertas culturais também devem ser retomadas gradualmente e grandes eventos devem ser liberados apenas posteriormente.

05:45 – Mortes na Alemanha ultrapassam 2 mil, segundo RKI

O número de casos do coronavírus Sars-Cov-2 na Alemanha aumentou para 108.202 (4.974 a mais do que no dia anterior), informou nesta quinta-feira (09/04) o Instituto Robert Koch (RKI), responsável pelo controle e prevenção de doenças no país. Em 24 horas, o país registrou 246 mortes, elevando o total para 2.107.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, o número de casos na Alemanha é de 113.296 e o de mortes, 2.349. É importante destacar que os números do RKI diferem dos contabilizados pela universidade, usados como uma das referências para apurar o número de casos do vírus causador da doença covid-19, pois o instituto alemão apenas reporta os casos recebidos via canais oficiais. 

A universidade, por sua vez, tenta manter uma contagem global em tempo real, considerando números reportados pela mídia e autoridades de saúde. A DW leva em conta dados de ambas as instituições.

05:30 – Governo isenta consumidores de baixa renda de pagar conta de luz por três meses

O governo federal anunciou que consumidores de baixa renda ficarão isentos da conta de luz por três meses. Na noite desta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro editou duas medidas provisórias (MPs) que possibilitam a ação, parte dos esforços para minimizar a crise provocada pela pandemia.  

Uma das MPs altera a legislação e isenta por 90 dias os consumidores beneficiários da tarifa social do pagamento pelo consumo mensal de até 220 kWh. A outra destina R$ 900 milhões para a Conta de Desenvolvimento Energético, valor que será utilizado para custear as contas de luz dos beneficiados.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, as duas medidas solucionam duas questões urgentes identificadas pela pasta e pelo Ministério da Economia: a perda da capacidade de pagamento dos consumidores de baixa renda e a perda da capacidade financeira das distribuidoras de energia elétrica, com o aumento da inadimplência e a redução do consumo de energia.

04:50 – Estados Unidos superam Espanha no número de mortes

Os Estados Unidos passaram a Espanha e agora são o segundo país do mundo com maior número de mortes por covid-19, atrás apenas da Itália. De acordo com dados desta quinta-feira (09/04) da Universidade Johns Hopkins, os EUA têm 14.808 mortes. A Itália registra 17.669 e a Espanha, que agora está em terceiro lugar, 14.792.

Em número de casos, os EUA estão em primeiro lugar, com 432.438 infecções, mais de um quarto do total em todo o mundo. Em segundo lugar vem a Espanha (148.220), em terceiro, a Itália (139.422), e em quarto, a Alemanha (113.296).

Nesta quarta-feira, os Estados Unidos registraram um novo recorde diário de mortes: 1.973. No dia anterior, foram 1.939 óbitos.

00:00 – Resumo dos principais acontecimentos de quarta-feira (08/04):

  • Brasil registra 15.927 casos e 800 mortes, segundo Ministério da Saúde
  • Estados Unidos têm recorde diário de mortes, com quase 2 mil em 24 horas
  • Economia alemã deve recuar 9,8% no segundo trimestre
  • Alemanha supera marca de 1 milhão de testes para detectar novo coronavírus
  • Reino Unido tem recorde diário de mortes por covid-19

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