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Ataque a comboio mata 30 civis na Ucrânia

30 de setembro de 2022

Kiev e Moscou acusam-se mutuamente pelo bombardeio, que também deixou mais de 80 feridos. Objetivo do comboio era buscar familiares no lado ocupado pelos russos e levá-los para áreas controladas pela Ucrânia.

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Carros destruídos
Ataque ocorreu perto de um posto de controle entre as partes controladas pela Ucrânia e pela RússiaFoto: Pavel Nemecek/picture alliance/CTK/dpa

Pelo menos 30 pessoas morreram e mais de 80 ficaram feridas nesta sexta-feira (30/09) em um ataque a um comboio de civis na região de Zaporíjia, no sul da Ucrânia, informou a polícia ucraniana. 

Moscou e Kiev culpam-se mutuamente pelo bombardeio. Ambos os lados divulgaram fotos de carros destruídos e corpos ao lado deles, mostrando as supostas consequências do ataque. A DW não pode checar as informações de forma independente.

Segundo a Ucrânia, o ataque aos civis ocorreu perto de um posto de controle entre as partes da região controladas pela Ucrânia e pela Rússia. Os foguetes atingiram pessoas que esperavam em seus carros para entrar em território controlado pela Rússia, disse o comissário de direitos humanos do Parlamento ucraniano, Dmytro Lubinets. O objetivo do comboio era buscar familiares no lado ocupado pelos russos e levá-los para áreas controladas pela Ucrânia.

"Somente terroristas absolutos, para quem não há lugar no mundo civilizado, podem agir dessa maneira", escreveu no Telegram o presidente ucraniano, Volodimir Zeleski, ressaltando que "Moscou quer vingança por seus fracassos e pela ininterrupta resistência ucraniana".

De acordo com a Ucrânia, não há instalações militares na área.

Fila de carros destruídos
Ambos os lados divulgaram fotos de carros destruídosFoto: Pavel Nemecek/picture alliance/CTK/dpa

Autoridades pró-Rússia culpam Ucrânia

Por outro lado, as autoridades pró-Rússia acusaram a Ucrânia de ser a responsável pelo "ataque terrorista". 

O "regime de Kiev" está tentando retratar o incidente como um bombardeio de unidades russas, escreveu o oficial pró-russo Vladimir Rogov no Telegram. Segundo ele, "combatentes ucranianos" cometerem "outro ato de terrorismo", em uma provocação "nefasta".  

De acordo com as autoridades pró-Moscou, o objetivo da Ucrânia era impedir que civis chegassem às áreas ocupadas pelos russos.  

O ataque ocorreu no dia em que Moscou realizou uma cerimônia de anexação - considerada ilegal e não reconhecida pela comunidade internacional - de Zaporijia e outras três regiões ucranianas: Lugansk, Donetsk e Kherson.

Ataques também em Dnipro e Mykolaiv

De acordo com a Ucrânia, a cidade de Dnipro também foi atingida por foguetes. Pelo menos uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas. Em Mykolaiv, um míssil russo atingiu um prédio, ferindo oito pessoas, informaram as autoridades locais.

A Força Aérea Ucraniana relatou novos ataques de drones em Mykolaiv e Odessa. Os drones entregues pelo Irã têm sido cada vez mais usados ​​pela Rússia nas últimas semanas, aparentemente para evitar a perda de mais pilotos.

Em Kherson, um oficial pró-Rússia foi morto. O vice-chefe de segurança da região, Alexei Katerinichev, morreu em um "ataque preciso" das forças ucranianas, informou o vice-chefe pró-russo de Kherson Kirill Stremusov, segundo a agência de notícias russa TASS. 

De acordo com o relato, dois projéteis disparados de um lançador de foguetes Himars teriam atingido a casa do oficial russo.   

le (Lusa, ots)