Atentados simultâneos atingem capital do Irã
7 de junho de 2017Ao menos 12 pessoas morreram e 42 ficaram feridas em dois ataques simultâneos contra o Parlamento e o mausoléu do aiatolá Khomeini, na capital iraniana, Teerã, nesta quarta-feira (07/06).
Quatro homens armados entraram por volta de 10h15 da manhã (horário local) no edifício do Parlamento e fizeram reféns. Segundo o Ministério do Interior, os homens estavam disfarçados de mulheres quando entraram na sala de visitantes do Parlamento e abriram fogo. Pelo menos um dos mortos no local era um guarda.
O legislador Elias Hazrati afirmou à Press TV que os agressores estavam armados com pistolas e fuzis Kalashnikov. Três dos agressores foram mortos por membros da Guarda Revolucionária, enquanto o quarto morreu ao detonar uma bomba.
Pouco depois, outro homem-bomba detonou seus explosivos no mausoléu, e um segundo agressor foi morto a tiros no local.
O grupo extremista EI assumiu a responsabilidade pelos dois atentados. A agência de notícias Amaq, ligada ao grupo, afirmou que "combatentes do EI atacaram o templo de Khomeini e Parlamento em Teerã". Esta é a primeira vez que o EI reivindica a autoria de um ataque em solo iraniano.
Segundo Hossein Sajedinia, chefe da polícia de Teerã, cinco suspeitos foram detidos na capital após os ataques e serão interrogados.
"Ataque covarde"
O líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, usou um tom desafiador para se referir aos atentados. "Esses fogos de artifício não surtem efeito sobre o Irã... Eles são muito pequenos para afetar a nação iraniana", frisou.
Khamenei acrescentou que o Irã, que está ajudando o presidente sírio, Bashar al-Assad, a lutar contra rebeldes, inclusive os combatentes do EI, já impediu ataques piores por meio de sua política externa.
"Este foi novamente um ataque covarde e uma tentativa inútil de nos intimidar", afirmou Ali Larijani, presidente do Parlamento.
A Guarda Revolucionária do Irã acusou a rival regional Arábia Saudita de estar por trás dos atentados. "Nós vamos nos vingar dos terroristas e de seus apoiadores que martirizaram o nosso povo", afirmou o brigadeiro-general Hossein Salami. Riad nega qualquer envolvimento.
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