Aumenta consumo de bebidas não alcoólicas na Alemanha
4 de janeiro de 2002Tomando água mineral, refrigerantes e bebidas energéticas, os alemães estão abdicando cada vez mais do álcool para matar a sede. Com 256 litros de bebidas não alcoólicas por habitante, o consumo atingiu novo recorde no ano passado, segundo divulgou na sexta-feira (04) a Associação dos Fabricantes de Bebidas Não Alcoólicas (wafg).
O aumento do consumo foi de 4 litros em relação a 2000 e de 53 litros em relação a 1990. A valorização da saúde é a principal causa desta tendência, segundo o setor. Apesar do recorde de consumo, houve uma pequena queda de faturamento.
Água mineral domina o mercado
A água mineral ocupa a principal fatia do mercado com um consumo per capita de 109,5 litros (+ 3,8%). Os alemães continuam a beber preferencialmente água mineral com gás, mas as águas naturais ou com pouca porcentagem de gás estão conquistando cada vez mais a preferência.
O consumo de refrigerantes aumentou ligeiramente (+0,55%), com média per capita de 106,2 litros. O consumo de sucos e coquetéis não alcoólicos de frutas recuou 1% para 40,2 litros. Novas bebidas contendo aditivos minerais ou as misturas de sucos de frutas com leite ou iogurte estão se impondo no mercado. Outra novidade são as bebidas à base de soja, apreciadas pelo seu alto índice de proteínas.
Cerveja com coca cola
O consumo de bebidas alcoólicas – cerveja, vinho e aguardente – estagnou na Alemanha na marca de 155 litros per capita. Para estimular o consumo, os fabricantes estão tratando de inventar misturas das tradicionais bebidas com refrigerantes.
Por exemplo, cerveja com coca cola ou com refrigerante à base de limão. Cervejas tradicionais, como a Altbier (de Düsseldorf) ou a Weizenbier (da Baviera), estão sendo oferecidas em versão light, com menos teor de álcool.
Faturamento menor
Apesar do crescimento do consumo, o faturamento do setor de bebidas não alcoólicas registrou queda de 1%, totalizando 9,07 bilhões de euros. Isto se explica, segundo a Associação dos Fabricantes, pelo acirramento da concorrência que leva à diminuição do preço cobrado ao consumidor. Além disso, as marcas mais baratas estão ganhando espaço no mercado.
A Associação dos Fabricantes de Bebidas Não Alcoólicas representa mais de 200 empresas empregando 20.000 pessoas.