1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Aumenta consumo mundial de combustíveis fósseis

Maryan D'Ávila Bartels7 de março de 2013

Relatório publicado pelo Fórum Econômico Mundial mostra que recursos renováveis fornecem apenas 1,6% da energia total do mundo. Crescente demanda em mercados emergentes é maior desafio para o setor energético.

https://p.dw.com/p/17sTP
Foto: dapd

O consumo mundial de energia aumentou 27% de 2000 até os dias atuais. A demanda por carvão cresceu dez vezes mais do que a de energias renováveis, na última década. Os números também são duas vezes maiores do que os referentes ao consumo de petróleo e três vezes maiores do que os de gás. Estes foram os dados divulgados nesta terça-feira (05/03), pelo Fórum Econômico Mundial, sobre o aumento do consumo global de combustíveis fósseis. Análises dos últimos 100 anos confirmam a crescente demanda de energia em mercados emergentes.

Segundo a pesquisa, o crescimento é fator de risco que poderá provocar um impacto global na próxima década. A pesquisa revela também que países desenvolvidos consumiram, no ano 2000, dois terços do total de petróleo produzido em larga escala.

Kohlmine in Polen
Recursos renováveis fornecem apenas 1,6% da energia total do mundoFoto: Getty Images

Apesar da mobilização pelo investimento em fontes menos agressivas para o meio ambiente, a energia eólica, solar e outros recursos renováveis não-hídricos fornecem apenas 1,6% da energia total do mundo. O relatório mostra, ainda, que o rápido acréscimo da demanda por carvão é resultado das altas taxas de crescimento econômico em países em desenvolvimento. O maior desafio global, atualmente, é satisfazer o rápido crescimento das necessidades energéticas nessas regiões.

Consumo do gás natural deve aumentar 50% até 2020

Especialistas do Fórum Econômico Mundial relatam que, em 2012, a energia renovável rendeu cerca de 184 bilhões de dólares. Liderada pela energia eólica, a parcela de fontes renováveis não-hídricas subiu de 1,4% em 2000 para 4% em 2011 no mix global de geração de energia. A Agência Internacional de Energia conta que o consumo do gás natural aumente em 50% até 2020, e estima-se que ele se torne cada vez mais importante no futuro.

A atuação do gás natural é diversificada, nas diferentes regiões. No Oriente Médio, por exemplo, o consumo é de 47%. Já na Ásia, os números caem para 10%. Independente das diferenças, a frequência com a qual o produto é utilizado triplicou nos últimos 30 anos em todo o mundo. De acordo com as estimativas da Agência internacional de Energia, a demanda deve duplicar até 2035.

Ethanolgewinnung Brasilien
Consumo do gás natural vai aumentar em 50% até 2020Foto: picture-alliance/dpa

Combustíveis fósseis como fonte de 87% da energia primária

Esse crescimento tem sido estimulado também pela combinação de pesquisa e desenvolvimento, inovação e políticas governamentais. Mandatos, subsídios e incentivos estão sendo destinados a promover a introdução das energias renováveis no mercado. Com base nesses dados, organizações políticas estão priorizando as fontes renováveis e de baixa concentração carbônica.

Porém 87% do abastecimento de energia primária mundial é por combustíveis fósseis, com 92% da participação da energia é nuclear. Entre os principais fatores de risco ambiental provocados pelo alto consumo de combustíveis fósseis estão a mudança do clima, escassez de água e envelhecimento acelerado de populações.

Pesquisadores mencionam que no futuro, praticamente todo o consumo do petróleo e de outros combustíveis fósseis se concentrará nas nações emergentes, em função do aumento populacional, enquanto a demanda em nações desenvolvidas será estabilizada, podendo até mesmo apresentar declínio.

No Brasil, dados estatísticos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis mostram que o consumo geral de combustíveis em 2012 foi de 129,677 trilhões de litros. Isso representa um aumento de 6,1%, em relação aos 122,22 trilhões de litros no ano anterior.

Deutschland Energie Solarenergie und Windkraft
Energia solar e eólica: participação ainda mínimaFoto: picture-alliance