Austrália enviará mais 300 soldados ao Iraque
3 de março de 2015O governo da Austrália anunciou nesta terça-feira (03/03) que vai enviar 300 soldados adicionais ao Iraque em missão conjunta com a Nova Zelândia, para ajudar a recuperar o território ocupado pelo grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI).
O passo veio após a decisão da Nova Zelândia, na semana passada, de disponibilizar 140 soldados adicionais, que, apesar de não participarem de lutas, irão preparar o Exército iraquiano para combater os jihadistas. Os soldados australianos também devem ajudar a treinar os militares iraquianos.
O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, disse que a decisão de Camberra veio após um pedido formal dos governos do Iraque e dos EUA e que a missão deve durar dois anos.
"Quero salientar que não foi fácil tomar essa decisão. Afinal de contas, cabe ao Iraque derrotar o culto da morte ["Estado Islâmico"], mas não quereremos deixar os iraquianos sozinhos", declarou Abbott.
A missão dos soldados australianos deverá ter início em maio. Com o contingente adicional, o número de soldados australianos estacionados no Iraque para combater o EI chegará a 500. No ano passado, além de 200 soldados, a Austrália também enviou 400 funcionários das Forças Aéreas ao Iraque.
Tikrit e Mossul
A medida veio na esteira do início da maior ofensiva do governo iraquiano para retomar posições conquistadas pelos radicais islâmicos no país. Apoiados por ataques aéreos, cerca de 30 mil soldados iraquianos e milicianos tentam retomar Tikrit e seus arredores – cidade natal do ex-ditador Saddam Hussein e um dos bastiões do EI.
A operação para a retomada de Tikrit teve início nesta segunda-feira, após ser anunciada pelo primeiro-ministro iraquiano na noite anterior. Após meses de lutas, tropas do governo apoiadas por bombardeios aéreos, milícias xiitas e curdos peshmerga não conseguiram superar a resistência dos jihadistas na cidade.
De acordo com autoridades iraquianas, a retomada de Tikrit poderá ser um passo rumo à recuperação de Mossul, segunda maior cidade do Iraque e principal bastião dos jihadistas no Iraque.
CA/afp/dpa/rtr