Reféns são mortos
15 de junho de 2009Ao menos três reféns que na sexta-feira passada haviam sido raptados no norte do Iêmen foram assassinados, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (15/06) por autoridades iemenitas. As vítimas fatais são duas enfermeiras alemãs e uma professora sul-coreana.
Sobre o destino dos outros seis reféns estrangeiros (cinco alemães e um britânico) raptados na última sexta-feira há informações contraditórias no início da noite desta segunda-feira. Segundo a agência de notícias AP, todos estão mortos.
Já a agência de notícias alemã DPA afirma que duas crianças do grupo foram encontradas pela polícia iemenita e os demais quatros reféns estariam desaparecidos. A agência AFP diz que estes quatro também estão mortos.
Nove estrangeiros
Autoridades da província iemenita de Saada disseram que os corpos das três mulheres foram encontrados nesta segunda-feira no vale do Noshur, perto da cidade de Akwan, relata a DPA. Elas teriam entre 22 e 27 anos e foram assassinadas a tiros.
Segundo a DPA, as duas crianças – duas meninas alemãs de 2 e 3 anos – foram localizadas logo após perto do local onde estavam os corpos das três mulheres.
Os outros quatro reféns são os pais das duas meninas – um casal alemão – e o irmão delas de 4 anos, além de um britânico casado com a professora sul-coreana.
Os estrangeiros sequestrados trabalhavam para uma organização holandesa num hospital na cidade de Saada, capital da província de mesmo nome.
Nenhum grupo reconheceu a autoria do sequestro. O governo do Iêmen acusa rebeldes xiitas do grupo de Abdul-Malik al-Houthi, que agem em Saada, mas eles negam envolvimento no caso.
Al Qaeda
A imprensa alemã especula sobre a possibilidade de a organização terrorista Al Qaeda estar por trás do sequestro. Para o especialista em terrorismo Guido Steinberg, a morte de civis seria um indício das relações dos sequestradores com a Al Qaeda.
Também o jornal Süddeutsche Zeitung, na sua edição desta terça-feira, afirma que os reféns possivelmente foram mortos por terroristas da Al Qaeda. O jornal cita fontes anônimas ligadas às autoridades de segurança alemãs.
AS/dpa/ap/afp
Revisão: Roselaine Wandscheer