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Bélgica condena último terrorista dos ataques de Paris

23 de abril de 2018

Salah Abdeslam recebe pena de 20 anos de prisão por tentativa de homicídio durante troca de tiros com policiais. Extremista ainda aguarda sentença por participação no atentado de novembro de 2015.

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Retrato de Salah Abdeslam na época de sua captura (esq.) e durante o processo, numa ida ao tribunal em fevereiro de 2018Foto: picture-alliance/dpa/Belga/I. Preys

Um tribunal da Bélgica sentenciou nesta segunda-feira (23/04) a 20 anos de prisão Saleh Abdeslam, último terrorista ainda vivo dos ataques de 13 de novembro de 2015 em Paris. 

Abdeslam foi condenado não pelos atentados de três anos atrás, mas por tentativa de homicídio de cunho terrorista numa troca de tiros com a polícia meses depois, em março de 2016.

Nem Abdeslam, de 28 anos, nem o segundo réu, Sofiane Ayari, de 24 anos, que também foi sentenciado a 20 anos de prisão, estavam presentes no tribunal para ouvir a sentença.

Em sua decisão, o tribunal de Bruxelas disse não haver dúvidas sobre o envolvimento jihadista e extremista de Abdeslam e Ayari. Os dois também foram multados em 12 mil euros cada.

O tiroteio com policiais belgas ocorreu quatro meses depois dos ataques em Paris – na época, Abdeslam era o fugitivo mais procurado na Europa. Quatro policiais ficaram feridos, durante uma operação de busca num apartamento na capital belga.

Abdeslam acabou sendo preso três dias depois, em 18 de março, no distrito de Molenbeek. Em 22 de março, homens-bomba com ligações à célula mentora dos ataques de Paris mataram 32 pessoas com explosões no aeroporto em numa estação de metrô de Bruxelas.

Atualmente, Abdeslam está numa prisão francesa à espera do julgamento sobre seu papel no ataque reivindicado pela organização jihadista "Estado Islâmico" (EI) em Paris em novembro de 2015.

Segundo a promotoria francesa, Abdeslam é o único suspeito sobrevivente do esquadrão suicida do EI, que casou a morte de 130 pessoas na capital da França.

Salah Abdeslam é acusado de desempenhar um papel-chave nos ataques. Entre outras coisas, ele teria organizado os automóveis de aluguel e alojamentos para os comandos terroristas, além de transportar vários dos envolvidos até os locais dos crimes.

PV/lusa/ap/rtr/afp/dpa

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