Bachelet inicia novo mandato no Chile
12 de março de 2014A socialista Michelle Bachelet assumiu nesta terça-feira (11/03) a presidência do Chile, tornando-se a primeira líder chilena a obter um segundo mandato desde a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Ela já havia governado entre 2006 e 2010.
Com uma agenda de governo ambiciosa para os próximos quatro anos, Bachelet foi empossada numa cerimônia realizada no Congresso Nacional, na cidade de Valparaíso, e recebeu a faixa presidencial das mãos de Isabel Allende Bussi, filha do ex-presidente Salvador Allende e presidente do Senado.
Durante seu discurso de posse, a presidente prometeu fazer do Chile um país mais justo. "O Chile tem apenas um adversário e ele se chama desigualdade. Só unidos podemos enfrentá-lo", afirmou. "Quero que no dia em que eu saia dessa casa [governo], vocês sintam que a sua vida mudou para a melhor, que o Chile não é só uma lista de indicadores ou estatísticas, mas uma pátria melhor para se viver, uma sociedade melhor para todo o seu povo."
A agenda de governo de Bachelet impõe uma meta de 50 medidas para serem realizadas durante os seus cem primeiros dias no Palácio da Moneda. Entre as prioridades estão o estreitamento de laços com governos na América Latina e a aproximação com movimentos sociais.
Cooperação regional
Líderes regionais de toda a América compareceram à cerimônia de posse de Bachelet, entre eles os presidentes do Uruguai, José Mujica, e da Argentina, Cristina Kirchner, e o vice-presidente dos EUA, Joe Biden. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cancelou sua viagem em cima da hora.
Ainda no primeiro dia de seu governo, Bachelet se reuniu com a presidente Dilma Rousseff e fechou um acordo de cooperação que permitirá a integração de um diplomata brasileiro na missão chilena no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), da qual o Chile é membro não-permanente até 2015.
"Este é um primeiro passo muito significativo e simbólico da intensidade das relações que queremos dar aos vínculos entre o Brasil e o Chile", disse o chanceler chileno, Heraldo Muñoz.
RM/ap/dpa/rtr