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Heiligendamm

8 de junho de 2007

A ajuda à África, a cooperação com países em desenvolvimento e, sobretudo, os acordos sobre proteção ao clima foram destacados por Angela Merkel como avanços no final do encontro de cúpula em Heiligendamm.

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Um dos sucessos de Heiligendamm foi a tentativa de Bush (e.) e Putin de evitarem uma nova Guerra FriaFoto: AP

Por ocasião do encerramento do encontro de cúpula do G8, nesta sexta-feira (08/06), em Heiligendamm, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, avaliou como um sucesso os resultados do encontro. Merkel ressaltou, sobretudo, os acordos sobre proteção ao clima.

Merkel destacou que os países emergentes também afirmaram seu compromisso com este processo. Além disso, a chanceler federal salientou a importância de algumas decisões do encontro de cúpula do G8, como a ajuda à África e o combate à aids.

Ajuda abrangente para a África

Os países do Grupo dos Oito se comprometeram, em Heiligendamm, a uma abrangente ajuda ao continente africano. Cerca de 44 bilhões de euros deverão ser disponibilizados para o combate à aids, malária e tuberculose. Angela Merkel assegurou também que a promessa de aumento da ajuda ao desenvolvimento, até 2010, será mantida.

No encontro de cúpula de 2005, na Escócia, o G8 havia decidido ampliar a ajuda mundial ao desenvolvimento em 50 bilhões de dólares. A África será beneficiada com metade do montante. Um plano concreto de elevação das quantias não foi, no entanto, acertado em Heiligendamm.

Processo de Heiligendamm: nova parceria com países emergentes

Nos próximos dois anos, os países do G8 pretendem manter um diálogo, em nível de alto escalão, com a China, Índia, Brasil, México e África do Sul – principais países emergentes convidados a participar da reunião de cúpula nesta sexta-feira – sobre temas como mudança do clima, fornecimento de energia e mercados financeiros.

A declaração final do encontro menciona uma "uma nova forma direcionada de cooperação" com os países em desenvolvimento que leve a "resultados palpáveis". Para Merkel, o diálogo com os países emergentes seria "uma resposta a quem se pergunta se o G8 ainda é atual".

Deutschland G8 Teilnehmer Schwellenländer Gruppenfoto
Foto de grupo dos representantes do G-8, países subdesenvolvidos e emergentesFoto: AP

Merkel já havia rejeitado, mesmo antes do encontro desta semana, uma eventual ampliação do G8 para G13. Segundo a chanceler federal alemã, não haveria razões para desistir do G8. "Em um grupo de 13 países, um consenso em torno de decisões sobre medidas de proteção ao clima nunca teria sido alcançado", afirmou Merkel.

A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) deverá oferecer a plataforma para o diálogo. A AIE (Agência Internacional de Energia) será a responsável por assuntos de energia. O Processo de Heiligendamm, nome dado à nova forma de parceria com os países emergentes, iniciará suas consultas já no segundo semestre de 2007.

Renovação do Protocolo de Kyoto

Quanto ao Protocolo de Kyoto, que expira em 2012, os chefes de Estado e governo do G8 chegaram, na quinta-feira (07/06), ao consenso de que as regras seguintes também deverão alcançadas no âmbito das Nações Unidas – decisão contra a qual George W. Bush havia se posicionado anteriormente. O ano de 2009 foi tomado como meta para o estabelecimento de um novo acordo mundial sobre o clima.

As novas regras serão o tema da conferência da ONU a se realizar, em dezembro próximo, na ilha indonésia de Bali. Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, declarou em Heiligendamm que planeja para o 24 de setembro próximo, em Nova York, uma conferência preparatória para o encontro de Bali.

Na declaração final da cúpula na Alemanha, as sete nações mais industrializadas e a Rússia se comprometeram "seriamente" a manter em vista a meta de reduzir pela metade a emissão de gases-estufa até 2050. Apesar das críticas contra esta meta vaga, o ministro alemão do Meio Ambiente, Sigmar Gabriel (SPD), afirmou que o acordo seria, realmente, um divisor de águas, por dar fim a seis anos de bloqueio dos Estados Unidos. (ca)