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Banco Central vê sinais de recuperação gradual da economia

Fernando Caulyt
15 de agosto de 2017

Ilan Goldfajn aponta para crescimento do PIB e bons desempenhos da agropecuária e do setor externo. Para ele, empregos e salários já estão mostrando sinais de recuperação.

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Ilan Goldfajn
Ilan Goldfajn evitou comentar o andamento das reformas no CongressoFoto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta terça-feira (15/08) que a economia brasileira se estabilizou e que há perspectivas de recuperação gradual. Ele reiterou ainda a importância das reformas no longo prazo para o crescimento do país.

"Depois de dois anos de recessão, no ano passado e no anterior, dados recentes confirmam que a economia se estabilizou e vemos perspectivas de recuperação gradual", disse Goldfajn em teleconferência com a imprensa internacional.

A afirmação foi feita horas antes de o governo brasileiro anunciar a revisão das metas fiscais de 2017 e 2018, que originalmente estavam fixadas em 139 bilhões de reais para este ano e em 129 bilhões de reais para o próximo. Perguntado sobre o tema, Goldfajn afirmou que se ateria "às questões técnicas".

Sobre o andamento das reformas no Congresso, ele disse que o Banco Central não acompanha a situação "mês a mês" nem as mudanças na negociação das reformas. "Temos dito que, no longo prazo, é importante que as contas estejam em ordem", completou.

"Emprego e salários em recuperação"

Entre os sinais positivos da economia, ele destacou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, a alta de 13,4% da agropecuária no mesmo período e a recuperação do setor externo, com o crescimento das exportações.

Segundo Goldfajn, empregos e salários já estão mostrando sinais de recuperação. "Vemos recuperação no segundo trimestre, com melhora do emprego. Em julho, vimos a criação de 36 mil vagas, sendo o quarto mês seguido de dados positivos", destacou.

Goldfajn afirmou que os números industriais também mostram estabilização e, em alguns momentos, recuperação. "A produção industrial teve dois meses de recuperação, com alta no semestre. E, hoje, as vendas no varejo mostram números positivos", disse.

Para ele, a manutenção do atual ritmo de cortes da Selic (a taxa básica de juros) depende da permanência das atuais condições na economia. "Os sinais são de retomada gradual, mas precisamos continuar acompanhando", disse Goldfajn.

Ele destacou ainda a queda de preços de produtos e que "as projeções da inflação para 2017 e 2018 estão próximas da meta, em 3,6% e 4,3%, respectivamente".