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Bayer aposta em medicamento contra impotência

(rr)10 de março de 2003

Levitra é a esperança do laboratório para sair de vez da crise causada pela escândalo do redutor de colesterol Lipobay.

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Fase de laqueamento dos comprimidos de LevitraFoto: AP

O complexo farmacêutico alemão Bayer recebeu autorização da Comissão Européia para comercializar o Levitra, um medicamento contra a impotência de funcionamento semelhante ao Viagra. Com o remédio, a Bayer espera sair da crise em que se encontra desde a suspensão das vendas do redutor de colesterol Lipobay.

A entrada da Bayer no mercado de pílulas contra impotência – hoje liderado pelo laboratório norte-americano Pfizer, fabricante do Viagra – será feito em parceria com o grupo britânico GlaxoSmithKline. Com o produto, que será lançado no mercado alemão em 17 de março, a Bayer espera um faturamento anual de aproximadamente um bilhão de euros.

Até a segunda metade deste ano, a Bayer acredita receber permissão para comercializar o Levitra também no mercado norte-americano, onde espera obter cerca de 60% do faturamento com a venda do produto. Por enquanto, a Bayer e a GlaxoSmithKline respondem nos EUA a um processo movido pela Pfizer, que alega violação da patente do Viagra para o desenvolvimento do Levitra.

Mercado promissor –

Analistas prevêem um crescimento do volume de mercado para tais medicamentos do atual 1,6 bilhão de dólares para de 3 a 4 bilhões de dólares até 2006. Atualmente, cerca da metade dos homens com idade superior a 40 anos sofrem problemas de ereção de intensidades diversas, estimam especialistas.

Atolada em uma séria crise financeira desde a retirada do Lipobay do mercado, em 2001, devido a suspeitas envolvendo a morte de mais de 100 pacientes, a Bayer deve cortar cerca de 15 mil empregos até o final de 2005. Segundo previsão de analistas do grupo Morgan-Stanley, os custos com a indenização a pacientes pode ir de otimistas 300 milhões de dólares a até 8,7 bilhões de dólares.

Princípio ativo –

O princípio ativo do Levitra – o Vardenafil – age de maneira semelhante ao Viagra (Sildenafil) e ao Cialis (Tadalafil) diretamente no pênis do paciente, inibindo a enzima Phosphodiesterase-5 e causando um relaxamento da musculatura lisa peniana, o que permite uma maior circulação de sangue no pênis.

O Viagra é vendido no mercado alemão desde 1998 e o Cialis, desde fevereiro deste ano. Além deles, há ainda duas outras pílulas disponíveis na Alemanha: a Uprima, do laboratório Abbott, e a Ixense, do laboratório Takeda. Elas agem no cérebro do paciente para aumentar a dimensão do vasos penianos e estimular a circulação sangüínea.