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BCE considera saída da Grécia do euro cara, mas gerenciável

20 de agosto de 2012

Um dos principais membros da Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE) afirmou que a saída grega do euro acabaria por ser controlável, mas alertou que o processo pode ser caótico e dispendioso para todo o bloco.

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Foto: dapd

O membro alemão do Conselho Executivo do BCE, Jörg Asmussen, afirmou nesta segunda-feira (20/08), em entrevista ao jornal Frankfurter Rundschau, que os países da zona do euro seriam capazes de gerenciar uma eventual saída da Grécia da moeda única, mas acrescentou que este cenário implicaria muitas dificuldades para todos os membros do bloco.

Asmussen disse que sua preferência é que a Grécia permaneça na zona do euro, mas que está nas mãos do próprio país conseguir se manter. "A saída da Grécia seria administrável."

Entretanto, Asmussen acrescentou que, se isso vier de fato a acontecer, não será de uma forma tão ordenada como muitos imaginam. "Isso provocaria quedas de crescimento, aumento do desemprego e sairia muito caro", declarou.

Novo empréstimo grego

Os comentários de Asmussen foram feitos no início de uma semana crucial para a Grécia, uma vez que o país tenta convencer os parceiros a liberar mais ajuda financeira para manter a economia à tona.

O primeiro-ministro grego, Antonio Samaras, se reunirá com a chanceler federal alemã, Angela Merkel, no dia 25 de agosto e, um dia depois, com o presidente francês, François Hollande. As reuniões serão realizadas às vésperas da divulgação de um relatório decisivo dos credores internacionais, que deverá ser lançado em setembro e é crucial para que Atenas garanta mais recursos financeiros.

O Ministério das Finanças grego disse que o país não teria problemas em reembolsar o Banco Central Europeu, afirmando que a quantia necessária, de 3,2 bilhões de euros, seria devolvida sem qualquer atraso.

AFN/rtr/afp
Revisão: Francis França