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Biden está "monitorando" protestos na China, diz Casa Branca

29 de novembro de 2022

Governo dos EUA afirma que manifestantes têm direito de protestar, mas adota posição cautelosa e diz que Joe Biden não deve expressar publicamente opinião sobre o movimento que elevou pressão sobre regime chinês.

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O líder chinês Xi Jinping e Joe Biden
O líder chinês Xi Jinping e Joe Biden durante encontro do G20 em 14 de novembroFoto: Saul Loeb/AFP/Getty Images

O presidente americano, Joe Biden, está "monitorando" de perto a onda de manifestações na China, informou nesta segunda-feira (28/11) a Casa Branca.

Nos últimos dias, as autoridades do regime chinês vêm tentando conter um movimento de insatisfação da população contra as restrições sanitárias e protestos que pedem mais liberdade. No domingo, multidões saíram às ruas de várias cidades chinesas, no que parece ter sido a maior mobilização popular desde os protestos pró-democracia de 1989, que foram duramente reprimidos.

"(O presidente) está monitorando. Todos nós estamos. Então sim, é claro que o presidente está ciente" do que está acontecendo na China, declarou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, sem especificar a reação de Biden às exigências dos manifestantes.

"O presidente não vai falar pelos manifestantes ao redor do mundo. Eles estão falando por si mesmos", completou. No entanto, Kirby destacou o apoio dos EUA aos direitos dos manifestantes.

"As pessoas precisam ter o direito de se reunir e protestar pacificamente contra as políticas, leis ou imposições com as quais não concordam", disse Kirby. "Estamos acompanhando a situação de perto, como era de se esperar", acrescentou.

Nesta segunda-feira, o Departamento de Estado dos EUA sugeriu que Washington considera excessivas as políticas de confinamento contra a covid-19 impostas pelo governo da China.

"Acreditamos que será muito difícil para a República Popular da China conseguir conter esse vírus por meio de sua estratégia de 'covid zero'", disse um porta-voz do departamento.

A insatisfação cresce há meses devido às medidas rígidas que as autoridades chinesas vêm impondo para controlar o vírus, incluindo longas quarentenas, confinamentos e restrições de viagem.

Fora do país, as comunidades da diáspora chinesa também organizaram vigílias para homenagear as vidas perdidas por causa da política 'covid zero', como dos mortos no incêndio na cidade de Urumqi, na província de Xianjiang (noroeste) este mês. Muitos afirmam que o confinamento dificultou os trabalhos de resgate. Em Los Angeles, mais de 100 pessoas se reuniram em frente ao consulado da China no domingo.

Enquanto isso, em Washington, cerca de 25 membros da comunidade uigur se concentraram nesta segunda-feira em frente ao Departamento de Estado para pedir maior pressão sobre Pequim.

jps (AFP)