Bienal Antártica leva arte ao continente gelado
A equipe da DW acompanhou a primeira bienal realizada na Antártida. Embarque conosco nesta expedição artística pelas águas e terras polares, com direito a pinguins e baleias.
Da Patagônia rumo ao Polo Sul
Cerca de 80 pessoas de 30 nacionalidades participaram da primeira Bienal Antártica. Idealizada pelo artista russo Alexander Ponomarev, a expedição artística partiu de Ushuaia, na Patagônia argentina, no dia 17 de março. Foram ao todo 11 dias de evento, que contaram com perfomances e instalações sobre as águas e terras polares.
Curiosidade animal
Um pinguim curioso resolveu trocar uma ideia com a câmera 360º. Registro da Ilha Cuverville, na Antártida.
Baleias por todo lado
Durante a passagem pelo continente gelado, nosso navio pernoitou entre baleias. No Canal Errera havia 50 delas, segundo levantamento de cientistas.
Muitos pinguins
O navio da Bienal Antártica passou alguns dias no Canal Errera, conhecido não somente pela diversidade de baleias, mas também pelas colônias de pinguins.
Turismo sustentável
A Antártida recebe cerca de 30 mil visitantes todos os anos. O turismo é coordenando principalmente pela Associação Internacional de Operadores Turísticos da Antártida, que zela pela preservação do território. Nada pode ser deixado nem tirado do continente gelado.
A natureza é quem manda
Na Antártida, é obrigatório manter uma distância mínima de 5 metros da vida selvagem. A não ser que os animais se aproximem por conta própria: neste caso, aproveite para pegar a câmera e registrar o momento!
Trabalho a quatro mãos
Na foto, Yasuaki Igarashi (esquerda) apresenta sua instalação ao idealizador da Bienal, Alexander Ponomarev. Juntos eles trançaram uma corda que seria usada para empinar uma pipa. O entrelaçamento dos fios simbolizou o encontro das 30 nacionalidades que participaram do evento.
"Somos apenas hóspedes"
Inspirado pelo caráter nômade desta Bienal, o arquiteto alemão Gustav Düsing montou um barraca: "Nós somos apenas hóspedes aqui. Procurei me adequar às condições do meio e criar algo temporário com a menor quantidade de material possível – esta é, para mim, a resposta mínima à questão arquitetônica da Antártida."
Impossível estar mais à vontade
Em pleno frio antártico, o russo Andrey Kuzkin se apresentou ao público como veio ao mundo. A performance consistiu em ficar nu de ponta-cabeça com os ombros enterrados no chão. Andrey ficou assim por cerca de 20 minutos, respirando através de uma mangueira. O plano dele é realizar a performance 99 vezes ao redor do mundo – e ele já está na de número 50.
O céu sobre a Antártida
O chamado "albedo", a reflexão da luz solar pela imensidão branca coberta de neve, inspirou diversos trabalhos apresentados nesta bienal.
A ameaça climática
Entre os temas abordados na Bienal Antártica também esteve a preservação dos glaciares. Os gigantes brancos têm sofrido retração acelerada nas últimas décadas.
Um espetáculo de luz e gelo
O brasileiro Alexis Anastasiou fez uma projeção de luz sobre um iceberg na Antártida. Mesclando uma estética contemporânea com a de desenhos rupestres, o artista recriou momentos marcantes da história da humanidade.
30 minutos de silêncio
Na Baía Paraíso, a curadoria da Bienal propõs um happening aos participantes: permanecer meia hora em absoluto silêncio para contemplar e absorver a grandeza do local.
A equipe da DW na Antártida
A repórter Helena Coelho e a cinegrafista Sabrina Walker embarcaram nesta expedição pelo continente gelado.
A cena final
Nossa aventura terminou com o retorno à América do Sul, que nos recebeu com este pôr do sol digno da Terra do Fogo.