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"Blue card" para profissionais estrangeiros passa a valer na Alemanha

1 de agosto de 2012

Nova lei facilita a permanência de estrangeiros altamente qualificados no país, diminuindo a renda mínima anual exigida para a obtenção de visto. Estudantes de fora da UE poderão trabalhar até 120 dias por ano.

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Foto: picture-alliance/chromorange

Trabalhadores com diploma universitário ou qualificação equivalente podem contar com o blue card para entrar na Alemanha a partir desta quarta-feira (01/08). O green card europeu facilita a permanência de profissionais altamente qualificados no país.

As regras são simples: profissionais de países de fora da União Europeia (UE) devem apresentar diploma universitário e um contrato de trabalho com um salário anual de pelo menos 44.800 euros para obterem um visto de permanência na Alemanha. Antes, a renda mínima exigida nesses casos era de 66.000 euros anuais.

Para áreas profissionais com maior demanda, como é o caso dos especialistas em ciências naturais, engenheiros, matemáticos, médicos e profissionais de TI, a renda mínima exigida é ainda menor: um pouco menos de 35.000 euros por ano.

Após três anos, os trabalhadores com blue card podem obter um visto de permanência definitivo para si e para a família, caso ainda estejam trabalhando. Se eles comprovarem bons conhecimentos de alemão, o prazo cai para dois anos.

A lei também confere a um estrangeiro com nível superior um visto de seis meses para procurar emprego na Alemanha. Estrangeiros recém-graduados em universidades alemãs poderão ficar 18 meses procurando emprego no país, em vez dos atuais 12 meses.

A lei também é boa para os estudantes vindos de fora da UE, que poderão trabalhar até 120 dias por ano, em vez dos atuais 90 dias.

O blue card chega para ajudar tanto profissionais com interesse em trabalhar na Alemanha quanto o próprio país, pois, de acordo com as últimas previsões da Agência Federal do Trabalho, a Alemanha precisa prencher uma lacuna de seis milhões de trabalhadores até 2030.

Uma drástica redução da força de trabalho retardaria o crescimento e a capacidade de inovação do país, alerta o especialista Klaus Zimmermann. "A ameaça de declínio da população também prejudica a base financeira do nosso sistema social", acrescenta.

GMF/dw/dapd/dpa/rtr/kna
Revisão: Alexandre Schossler