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Apreensão em Munique

17 de julho de 2011

Devido a uma disputa legal entre o espólio de uma construtora alemã e o governo tailandês, Boeing do príncipe herdeiro da Tailândia foi apreendido em Munique. Avião continuará retido até decisão judicial.

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Príncipe Maha Vajiralongkorn pilotou várias vezes o avião
Príncipe Maha Vajiralongkorn pilotou várias vezes o aviãoFoto: picture alliance/dpa

Para tentar solucionar a controvérsia em torno da apreensão do avião do príncipe herdeiro tailandês no aeroporto de Munique, a vice-ministra alemã das Relações Exteriores, Cornelia Pieper, recebeu na sexta-feira (15/7) o ministro do Exterior da Tailândia, Kasit Piromya, em Berlim.

Pieper declarou sentir muito "pela inconveniência causada ao príncipe herdeiro devido à apreensão do avião", mas disse que "o caso se encontra nas mãos da Justiça". Em declaração, o ministério em Berlim afirmou que o caso não deve afetar as boas relações entre os dois países.

Dívida em aberto

Na última terça-feira, o Boeing 737, pilotado várias vezes pelo próprio príncipe herdeiro tailandês, Maha Vajiralongkorn, foi apreendido por ordem judicial no aeroporto de Munique, a pedido do administrador da insolvência da construtora alemã Walter Bau, Werner Schneider.

O motivo são dívidas que o Estado tailandês teria com a empresa, devido à construção de uma via expressa de 26 quilômetros para o aeroporto Don Muang, em Bangcoc. A briga judicial começou há mais de 20 anos.

Segundo Werner Schneider, "houve várias violações de contrato por parte do governo tailandês". Em 2007, acresceu Schneider, a construtora já insolvente entrou com pedido de reparação de danos, que já somam 30 milhões de euros. O governo tailandês, no entanto, se recusou a pagar, explicou Schneider.

Avião foi apreendido até que dívida milionária seja paga
Avião foi apreendido até que dívida milionária seja pagaFoto: picture alliance / dpa

De quem é o avião?

Em entrevista à TV pública alemã ZDF, o ministro do Exterior Kasit afirmou que, diferentemente do relatado por Schneider, o avião não pertenceria ao governo tailandês, mas "a uma pessoa em nome do príncipe".

Ele acrescentou que seu governo "não está contente" com a conduta do representante da construtora Walter Bau, especialmente porque a Tailândia não pretende abdicar da sua responsabilidade de respeitar as exigências do administrador.

Na conversa com Kasit, Pieper declarou ter feito alusão "aos repetidos pedidos feitos por membros do governo em Berlim e do Ministério do Exterior alemão ao governo tailandês para que pagasse a dívida em aberto com o administrador da insolvência".

"Tendo em vista a apreensão do avião e a exigência do administrador da insolvência", Cornelia Pieper disse esperar que o caso seja resolvido rapidamente.

CA/afp/rtr
Revisão: Roselaine Wandscheer