Boko Haram divulga vídeo de meninas sequestradas
14 de agosto de 2016O grupo jihadista nigeriano Boko Haram divulgou neste domingo (14/08) um vídeo mostrando o que seriam dezenas das mais de 200 alunas sequestradas em Chibok em 2014. Segundo os extremistas, algumas delas morreram em bombardeios do Exército da Nigéria.
Nas imagens, um terrorista com o rosto coberto pede aos responsáveis pelas jovens, conhecidas como "Meninas de Chibok", que exijam ao governo da Nigéria a libertação de militantes do Boko Haram em troca da soltura de suas filhas.
No vídeo, de 11 minutos e feito pelos jihadistas através de um jornalista com acesso ao grupo, o terrorista aparece falando com um numeroso grupo de estudantes usando o véu islâmico ao fundo.
O governo da Nigéria afirmou que está em contato com os jihadistas para libertar as meninas, mas que o resgate poderia se complicar devido a divisões dentro do Boko Haram.
"O governo federal está fazendo o possível para libertar as meninas de Chibok e acabar com este horrível sequestro", declarou o ministro da Informação, Lai Mohammed, em comunicado.
No vídeo, um jihadista explica que cerca de 40 meninas sequestradas em abril de 2014 foram entregues para casamento, e garante que algumas morreram ou estão feridas após bombardeios feitos na Floresta de Sambisa, um dos redutos do Boko Haram no norte da Nigéria.
Uma das adolescentes, cujo pai aparece com frequência na imprensa reivindicando a libertação dela e das amigas, é convidada a falar no vídeo para pedir aos pais que pressionem o Executivo nigeriano para libertar os terroristas.
"Nossos pais deveriam ser pacientes e dizer ao governo que liberte seus membros para que eles possam nos libertar", disse a jovem em língua hausa, enquanto algumas meninas aparecem chorando atrás dela.
O terrorista de rosto coberto volta a aparecer na filmagem e alerta o governo que, se tentar resgatá-las usando a força, elas não serão recuperadas com vida.
O vídeo foi lançado depois que foram divulgadas informações sobre a possível morte de várias estudantes em ataques aéreos militares contra posições do Boko Haram em Sambisa. A maior parte das jovens está sequestrada há mais de dois anos.
RPR/rtr/efe