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Bolsonaro anuncia mais três ministros

28 de novembro de 2018

Ex-ministro de Temer, Osmar Terra comandará Cidadania e Ação Social, servidor Gustavo Henrique Canuto assumirá Desenvolvimento Regional, e deputado do PSL Marcelo Álvaro Antônio chefiará Turismo.

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Osmar Terra
Osmar Terra foi ministro do governo TemerFoto: picture-alliance/dpa/I. Franco

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta quarta-feira (28/11) que escolheu o servidor Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto para comandar o novo Ministério do Desenvolvimento Regional, o deputado federal Osmar Terra (MDB) para chefiar a pasta de Cidadania e Ação Social e o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL) para assumir Turismo.

Servidor efetivo do Ministério do Planejamento, Canuto é atualmente o secretário-executivo da pasta da Integração Regional. Ele é formado em engenharia da computação e direito e já atuou na Secretaria Geral da Presidência da República, na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e na Secretaria de Aviação Civil.

Canuto comandará o novo Ministério do Desenvolvimento Regional, que abrigará as pastas de Cidades e da Integração Regional. O servidor, que não tem filiação partidária, deverá administrar o programa habitacional Minha Casa Minha Vida, além de ações voltadas a combater a seca e obras de infraestrutura hídrica.

Gustavo Canuto
Canuto é o atual número dois de Integração RegionalFoto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Além de Canuto, a assessoria de transição anunciou que Osmar Terra, ex-ministro do governo Michel Temer, assumirá o novo Ministério da Cidadania e Ação Social. Médico, Terra é deputado federal pelo MDB desde 2001. Ele já foi prefeito de Santa Rosa (RS) e secretário de Saúde do Rio Grande do Sul.

Em maio de 2016, Terra foi indicado por Temer para assumir o Ministério de Desenvolvimento Social, o qual chefiou até abril, quando foi exonerado para disputar a reeleição na Câmara dos Deputados. Na pasta, ele promoveu um pente-fino no Bolsa Família, nas aposentadorias por invalidez e em auxílios doenças pagos pelo INSS.

O futuro Ministério da Cidadania e Ação Social englobará as pastas de Desenvolvimento Social, Esportes, Cultura e parte da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad).

Terra poderá ser um dos ministros que trará dor de cabeça a Bolsonaro. O deputado apareceu na superplanilha da Odebrecht, que indicaria propinas pagas a políticos. Ele teria recebido 200 mil reais da empreiteira. Terra alega que declarou o valor à Justiça Eleitoral.

Já o deputado do PSL Marcelo Álvaro Antônio foi o indicado para o Ministério do Turismo. Integrante da frente parlamentar evangélica, ele foi o candidato mais votado em Minas Gerais, reeleito para o segundo mandato neste ano. Antes de ser deputado, Antônio foi vereador de Belo Horizonte.

Antônio é o segundo filiado do PSL escolhido por Bolsonaro para integrar seu governo. O primeiro foi Gustavo Bebianno, um dos principais aliados do presidente eleito, que assumirá a Secretaria-Geral da Presidência da República. 

Canuto, Terra e Antônio são os 17º, 18º e 19º ministros anunciados por Bolsonaro, que na campanha prometeu reduzir de 29 para 15 o número de ministérios. Ao longo da transição, porém, o presidente eleito voltou atrás e afirmou que deve manter até 20 pastas.

CN/abr/ots

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