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Bombardeio em Donetsk põe em xeque cessar-fogo

9 de novembro de 2014

Intensos ataques em território controlado por rebeldes ocorrem em meio a acusações feitas por Kiev de que a Rússia estaria enviando tropas e armas aos separatistas. UE pede "contenção" das partes.

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Ostukraine Krise Kämpfe bei Donezk 24.10.2014
Foto: AFP/Getty Images/Alexander Khudoteply

A cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia, sob controle de rebeldes separatistas pró-russos, sofreu neste domingo (09/11) o maior bombardeio registrado no último mês. Disparos de artilharia, próximos do centro da cidade, começaram no início da manhã e foram intensificados horas depois.

O ataque revela a fragilidade do cessar-fogo declarado há dois meses no leste ucraniano, enquanto separatistas e autoridades em Kiev trocam acusações sobre violações do acordo de paz.

Segundo a Organização pela Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), um comboio de mais de 40 caminhões e tanques sem identificação foi visto em território controlado pela autointitulada República Popular de Donetsk.

A declaração ocorre um dia depois de as Forças Armadas da Ucrânia afirmarem que uma longa coluna de tanques e de artilharia pesada entrou no país a partir da fronteira com a Rússia.

O governo ucraniano acusa Moscou de enviar reforços e armamento para a fronteira, algo negado pelo Kremlin.

"Não temos a menor dúvida sobre a origem caminhões, morteiros e soldados em uniformes verdes", porta-voz do Conselho de Segurança ucraniano, Andriy Lysenko.

Segundo o Exército ucraniano, o impasse com os separatistas pró-Rússia foi intensificado na semana passada, depois que os rebeldes deram posse a novos líderes escolhidos em eleições que Kiev não reconhece.

A União Europeia afirmou estar preocupada com a nova escalada de violência na Ucrânia e criticou o reforço da presença militar nas regiões separatistas do território, apelando à "contenção" das partes. A guerra ucraniana já matou 4 mil pessoas, segundo as Nações Unidas.

A nova chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, pediu à Rússia lhe que assuma suas responsabilidades, incluindo a "prevenção de qualquer novo movimento militar, como movimentos de tropas, armamento ou qualquer outro equipamento em território ucraniano".

MSB/rtr/dpa/lusa