1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Bombardeios provocam mortes na Ucrânia

18 de julho de 2015

Kiev acusa separatistas de acirrar a situação no leste ucraniano. Bombardeios ocorrem no dia seguinte a conversa telefônica entre líderes de Alemanha, França, Ucrânia e Rússia para debater implementação de acordo de paz.

https://p.dw.com/p/1G13X
Foto: Getty Images/AFP/P. Zadorozhnyy

Três civis e um militar ucraniano foram mortos em ataques realizados por rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia, segundo informações divulgadas neste sábado (18/07) pelo governo ucraniano. Kiev acusa um acirramento da violência na região, apesar dos apelos internacionais para o cumprimento do acordo de paz assinado em fevereiro, em Minsk.

Segundo o ministério do Interior ucraniano, as mortes foram causadas por bombardeios rebeldes na vila de Avdiivka, controlada pelas forças ucranianas pró-ocidentais e situada não muito longe das ruínas do aeroporto de Donetsk, que está sob controle dos separatistas pró-russos desde janeiro.

Na sexta-feira, a chanceler federal alemã, Angela Merkel; o presidente russo, Vladimir Putin; e os presidentes da Ucrânia, Petro Poroshenko, e da França, François Hollande, debateram a situação no leste ucraniano em uma conferência telefônica. Esta foi a primeira conversa entre os líderes dos quatro países desde abril.

Em comunicado divulgado após a conferência, o governo francês pediu o "rígido cumprimento dos compromissos" assumidos no acordo de paz para acabar com a crise na Ucrânia.

A conferência telefônica foi convocada após o governo em Kiev apresentar uma reforma constitucional, aprovada pelo Parlamento do país em uma primeira análise. O texto dá mais autonomia aos territórios separatistas do leste ucraniano.

O processo de emenda constitucionaldeverá estar concluído dentro de alguns meses. A presidência francesa afirmou, em comunicado, que "a dinâmica da reforma constitucional tem que ser mantida para que o acordo de Minsk seja totalmente implementado até o fim do ano".

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que está monitorando o cumprimento do acordo de Minsk, afirmou que nenhum dos lados retirou totalmente a artilharia pesada da linha de combate, como é exigido pelo acordo.

Na sexta-feira, a chefe da OSCE, Ivica Dacic, afirmou estar havendo um agravamento da crise humanitária no leste ucraniano e exortou ambos os lados a respeitarem o acordo de Minsk.

Mais de 6.500 pessoas, principalmente civis, morreram no leste da Ucrânia em quinze meses de conflito.

MD/afp/dpa/rtr