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Borussia Dortmund luta, mas perde para Feyenoord

Marcio Weichert9 de maio de 2002

Zagueiro Kohler, que se encerrava sua carreira, faz pênalti, recebe cartão vermelho e abre caminho para a derrota do campeão alemão na final da Copa da Uefa. Amoroso fez, também de pênalti, o primeiro gol alemão.

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Kohler derruba Tomasson na área por trás, é expulso e despede-se do futebol cabisbaixoFoto: AP

Aquele que todos os alemães esperavam prestar honras após a final da Copa da Uefa, na noite desta quarta-feira, acabou sendo o vilão da partida em Roterdã. Aos 30 minutos do primeiro tempo, Kohler cometeu um erro imperdoável para um veterano de 36 anos e campeão mundial pela seleção alemã em 1990.

Último homem da zaga, tentou escapar com a bola da marcação de Tomasson. Perdeu o controle sobre ela e só com falta pôde evitar que o dinamarquês tomasse a bola. Pênalti. Cartão vermelho. E na noite em que deveria deixar o gramado sob aplausos e com o reconhecimento da entusiástica torcida do Borussia Dortmund, Kohler teve de ir de cabeça baixa para o chuveiro.

Até então, o único lance perigoso havia sido a cobrança de uma falta por Van Hooijdonk na trave do goleiro alemão Lehmann, que assistiu imóvel a trajetória da bola. As demais oportunidades não haviam de fato ameaçado nenhuma das metas. O mesmo Van Hooijdonk cobrou o pênalti e desta vez acertou o fundo da rede, abrindo o placar para o Feyenoord diante da torcida anfitriã.

Aos 37 minutos, tumulto na área holandesa. Na sobra, Evanílson bateu firme, na direção certa. Mas lá estava Tomasson de novo para definir o rumo do jogo e afastou a bola de cabeça.

Mais dois minutos, mais uma falta na entrada da área do Borussia, mais um prato cheio para Van Hooijdonk, que desta vez caprichou na cobrança e ampliou para 2 a 0 o placar em Roterdã. A partida parecia estar definitivamente decidida.

Etapa complementar

– No entanto, o Borussia voltou para o segundo tempo recuperado do choque da expulsão de Kohler e, aos dois minutos, Amoroso forçou um pênalti. O juiz português Vítor Pereira marcou. O próprio artilheiro do Campeonato Alemão cobrou, com paradinha, e diminuiu a vantagem holandesa.

O time do Borussia mal teve tempo para respirar. Na investida seguinte do Feyenoord, três minutos depois, o japonês Ono lançou à bola para trás da linha de impedimento alemã, onde estava Van Hooijdonk, que consciente da situação irregular permaneceu imóvel, enquanto Tomasson vinha de trás para receber a bola e caminhar sozinho com ela, ainda quicando-a na coxa, antes de bater para o fundo da rede, sem chance para Lehmann.

A equipe alemã não se entregava e, mesmo com apenas dez jogadores, chegava a ter domínio de campo. Aos 11 minutos, o gigante tcheco Koller fuzilou de fora da área, engavetando a bola no ângulo direito do goleiro Zoetebier e devolvendo o suspense à partida.

Somente a partir de então os técnicos começaram a fazer substituições. No Borussia, o brasileiro Éwerthon cedeu a vez para o ganense Addo. No Feyenoord, o também brasileiro Leonardo I (o time holandês tem dois) entrou no lugar de Van Persie e passou a ser a principal peça de contra-ataque, levando perigo à meta alemã.

Mas o novo campeão da Copa da Uefa já havia mesmo sido definido com o erro de Kohler e no rápido 2 a 0 ainda no primeiro tempo.