Brasileira está entre os reféns em Sydney
15 de dezembro de 2014A brasileira Marcia Mikhael está entre as pessoas mantidas reféns por um homem armado no café Lindt, em Sydney, na Austrália, segundo informações dadas pela família da vítima à Globo News e ao portal G1.
Natural de Goiânia, Marcia vive na Austrália há cerca de 20 anos e trabalha como personal trainer. A informação de que Marcia é uma das reféns chegou aos familiares por meio de duas mensagens postadas no perfil da brasileira no Facebook e por outros familiares que moram em Sydney, mas ainda não foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
A brasileira havia postado em seu perfil na rede social que o sequestrador é um membro da milícia terrorista "Estado Islâmico" (EI) e listou as demandas do atirador. Logo após o anúncio da presença da brasileira entre os reféns, multiplicaram-se as mensagens de apoio a Marcia no Facebook e no Twitter.
A sobrinha de Marcia, Johanne Mikhael, pediu em sua conta no Facebook que os internautas parem de compartilhar e comentar as postagens. Segundo ela, "essas postagens são apenas um meio de comunicação para o atirador assustar as pessoas". Johanne afirmou ainda que a comoção nas redes sociais só aumenta o perigo para Marcia.
Sequestrador é refugiado iraniano
O sequestrador que mantém dezenas de pessoas reféns há mais de 14 horas foi identificado como Man Haron Monis, um refugiado iraniano condenado por abuso sexual e conhecido por mandar cartas com discurso de ódio para as famílias de soldados australianos mortos.
"Não há razão operacional para manter o nome em segredo por nós agora", disse uma fonte da polícia em condição de anonimato.
Campanha nas redes sociais
Mais de 40 organizações muçulmanas no país divulgaram um comunicado condenando o incidente.
A população australiana demonstrou solidariedade para com a comunidade muçulmana no país. A usuária do Twitter Sir Tessa iniciou um movimento global de apoio ao se oferecer para sentar ao lado de muçulmanos que se sentirem assustados de andar em público. A campanha ficou conhecida como #Illridewithyou.
FF/lusa/afp/rtr