Brasileiro "Democracia em vertigem" é indicado ao Oscar
13 de janeiro de 2020O filme Democracia em vertigem, da diretora brasileira Petra Costa, foi indicado ao Oscar 2020 de melhor documentário. A lista de nomeados foi divulgada nesta segunda-feira (13/01) pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. A cerimônia de entrega das estatuetas será em 9 de fevereiro, no Teatro Dolby de Los Angeles.
Democracia em vertigem aborda a ascensão e queda do PT e a crescente polarização entre esquerda e direita no país. No documentário, Costa mescla imagens históricas, trechos de reportagens de TV e cenas dos bastidores do Planalto, do impeachment de Dilma Rousseff e da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com relatos pessoais.
Filha de pais militantes durante a ditadura e neta de um dos fundadores da multinacional Andrade Gutierrez, a cineasta vive a polarização política do país na história da própria família.
Democracia em vertigem concorre com Indústria Americana, The Cave, For Sama e Honeyland. O documentário brasileiro, incluído na lista dos melhores do ano do New York Times, foi lançado em junho passado pela Netflix.
A plataforma emplacou, ao todo, 24 produções entre os indicados, incluindo dois na categoria principal, de melhor filme: O Irlandês, épico da máfia de Martin Scorsese e o drama História de um casamento.
O longa A vida invisível, dirigido de Karim Ainouz, escolhido para representar o Brasil na disputa pelo Oscar de melhor filme internacional (antiga categoria de filme em língua estrangeira), já havia sido descartado na pré-lista de indicados, em dezembro, ficando fora da disputa. Nessa modalidade, concorrem Corpus Christi, Honeyland, Los Misérables, Dor e glória e Parasita.
A lista de nomeados é liderada por Coringa. O filme protagonizado por Joaquin Phoenix concorre em 11 categorias. Era uma vez em... Hollywood, 1917 e O Irlandês disputam em dez categorias.
Dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, Dois papas concorre ao Oscar de melhor ator (Jonathan Pryce), melhor ator coadjuvante (Anthony Hopkins) e melhor roteiro adaptado.
O Oscar na categoria principal de melhor filme será decidido entre Era uma vez...em Hollywood, O irlandês, Ford x Ferrari, Jojo Rabbit, Coringa, Adoráveis mulheres, História de um casamento, 1917 e a grande surpresa sul-coreana, Parasita.
Juntamente com o favorito Joaquin Phoenix e Jonathan Pryce, disputam o prêmio de melhor ator, em um ano memorável de performances masculinas, Antonio Banderas (Dor e glória), Adam Driver (História de um casamento) e Leonardo DiCaprio (Era Uma Vez...em Hollywood).
Renée Zellweger, muito aplaudida por sua atuação em Judy: Muito Além do Arco-Íris, tem chance de levar o segundo Oscar de sua carreira. Ela compete na categoria de melhor atriz com Cynthia Erivo (Harriet), Saoirse Ronan (Adoráveis mulheres), Charlize Theron (O escândalo) e Scarlett Johansson (História de um casamento).
As estatuetas de melhor atriz e ator coadjuvantes também acumulam uma quantidade incontestável de estrelas e lendas, como Brad Pitt (Era uma vez...em Hollywood), Al Pacino e Joe Pesci (O irlandês), Anthony Hopkins (Dois papas), Laura Dern (História de um casamento) e Scarlett Johansson (Jojo Rabbit), entre outros.
O Oscar de melhor direção é disputado por Martin Scorsese (O irlandês), Quentin Tarantino (Era uma vez…em Hollywood), Todd Phillips (Coringa), Sam Mendes (1917) e Bong Joon-ho (Parasita).
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