Bremen, história às margens do rio Weser

A vida em Bremen gira em torno do rio Weser. Antigamente, as margens do rio eram tomadas por embarcações mercantes, mas hoje em dia os habitantes aproveitam a chamada Schlachte para relaxar. Onde antes funcionavam armazéns, há atualmente bares e restaurantes.

O prédio da prefeitura é do século 15 e foi construído pelos cidadãos. Eles se sentiam responsáveis pela cidade e apoiavam – assim como hoje – espaços culturais e sociais. A construção é a única prefeitura do mundo que está na lista de Patrimônios Mundiais da Unesco.

Em 2004, a estátua de Rolando também virou Patrimônio Mundial. Neste ano, a cidade comemorou o seu 609º aniversário, e a estátua do cavaleiro é um símbolo importante. Reza a lenda que, desde que Rolando continue lá de vigia, Bremen permanecerá livre e independente.

Ao lado da prefeitura se encontra a catedral de São Pedro, com suas torres de aproximadamente 90 metros de altura. Nos séculos 16 e 17, a construção foi fechada durante décadas por motivos políticos e religiosos, e acabou desmoronando. Mas no fim do século 19, a catedral foi reconstruída.

Talvez eles sejam os mais famosos embaixadores da cidade. Nos contos de fadas dos Irmãos Grimm, um burro, um cão, um gato e um galo são maltratados por serem velhos e frágeis. Mas, unidos, eles conseguem fugir e encontram em Bremen um novo lar. Desde 1953, o monumento de Gerhard Marcks se encontra ao lado do prédio da prefeitura.

Uma das principais atrações da cidade é a rua Böttcher com suas várias lojinhas, museus e restaurantes aconchegantes. Tudo isso graças ao comerciante de café Ludwig Roselius. Foi na casa de número 6 desta mesma rua que ele fundou a empresa que produziu o primeiro café descafeinado em 1906.

Na década de 1920, Ludwig Roselius encomendou ao artista Bernhard Hoetger o design de uma fachada. O relevo de ouro, que ficou conhecido como "o portador da luz", é de 1936 e encontra-se na entrada do prédio. A obra gera controvérsia porque o artista demonstra a sua admiração por Adolf Hitler.

O complexo de edifícios é um exemplo único de combinação da arquitetura expressionista na Alemanha. Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos prédios foram danificados, mas eles foram reconstruídos nos anos 50 e, desde 1973, a rua é tombada como patrimônio histórico.

O Schnoor é um dos bairros mais antigos de Bremen. O seu nome vem da palavra Schnur – que em alemão significa "corda" – e originou-se do artesanato ligado a embarcações. Nas ruelas eram fabricados cordas e cabos, já que pescadores e marinheiros viviam nesta área da cidade durante a Idade Média.

Ao longo do rio Weser, encontra-se o chamado "Viertel". Com seus bares alternativos, supermercados de comida orgânica e boutiques, o bairro é um popular ponto de encontro. É lá também que fica o famoso clube de dança "Lila Eule", onde se iniciaram os protestos estudantis de Bremen em 1968.

Principalmente no verão o rio Weser é o centro da vida em Bremen. No entanto, as barragens do rio não são apenas utilizadas para passear. Devido à sua proximidade com a água, a cidade é especialmente bem protegida contra possíveis inundações. No século 13, os habitantes começaram a construir os diques para se protegerem de qualquer perigo.

Um dos cafés mais famosos da cidade está localizado numa ilha no rio Weser. É preciso pegar uma balsa para chegar ao restaurante Café Sand. Do outro lado, uma praia com areia e tudo espera os visitantes. O local é frequentado por jovens famílias e turistas.

Pouca importa se o time de futebol Werder Bremen está jogando bem ou não: o povo da cidade está sempre presente para mostrar seu apoio. No estádio Weser há também um museu com réplicas de troféus, cartazes raros e fotos.