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Buscas pelo voo MH370 são encerradas sem sucesso

17 de janeiro de 2017

Aeronave da Malaysia Airlines desapareceu em março de 2014 com 239 pessoas a bordo e sem deixar rastros. Paradeiro do Boeing 777 se tornou um dos maiores mistérios da aviação.

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Autonomous Underwater Vehicle  Phoenix
Veículo submarino autônomo faz buscas pelo voo MH 370 no Oceano Índico em abril de 2014Foto: picture alliance/dpa/LSIS Bradley Darvill

Foram encerradas nesta terça-feira (17/01), sem sucesso, as buscas submarinas por destroços do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido há quase três anos com 239 pessoas a bordo, anunciaram os três países envolvidos nas investigações.

O paradeiro do Boeing 777 se tornou um dos maiores mistérios da aviação desde que sumiu dos radares em março de 2014 na rota que ia de Kuala Lumpur a Pequim sem deixar vestígios.

"Apesar de todos os esforços com o uso da melhor tecnologia disponível (...) as buscas não foram capazes de localizar a aeronave", lamentaram as autoridades malaias, australianas e chinesas em comunicado.  "A decisão de interromper as buscas submarinas não foi fácil e tampouco feita sem pesar."

Segundo os três países, o último navio de rastreamento deixou o local nesta terça-feira, após vasculhar uma área de 120 mil km² no fundo do Oceano Índico que até então serviu como alvo das investigações.

Em dezembro último, a Austrália rejeitou uma recomendação dos investigadores de direcionar as buscas mais para o norte, argumentando que não havia nenhuma evidência que fundamentasse o deslocamento.

Familiares criticam decisão

Uma organização de familiares de vítimas do voo MH370 contestou a suspensão das buscas. Em comunicado, a organização Voice370 se disse "consternada" com a decisão. O texto faz referência à recomendação de estender as operações por uma área de 25 mil km² a norte da zona rastreada até ao momento.

"No nosso entender, estender a busca à nova área definida pelos peritos é uma obrigação ineludível para com o público e no interesse da segurança aérea. Não se pode permitir que aviões comerciais desapareçam sem rastro", afirmam.

Na China, país de origem de 153 das 239 vítimas, familiares se disseram "à deriva" com a decisão de suspender as buscas. "Mesmo sendo provável que nunca mais vejamos os nossos familiares, não deixamos de querer saber o que aconteceu", explicou K.S. Narendran, que perdeu a mulher no desastre.

Desde o acidente, diversas teorias tentaram explicar o episódio, enquanto uma série de perguntas continua em aberto. Não se sabe, por exemplo, quem estava no controle do avião no momento do sumiço, se um dos pilotos, ou ambos, se a aeronave foi sequestrada ou mesmo se não havia ninguém no comando.

 

IP/lusa/rtr/afp