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Bélgica condena líder terrorista a 12 anos de prisão

11 de fevereiro de 2015

Fouad Belkacem, chefe do grupo Sharia4Belgium, é acusado de recrutar jovens para combater na Síria. Seguidores da organização também são condenados, entre eles Brian de Mulder, de filho de brasileira.

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Fouad Belkacem é apontado como responsável por recrutar jovens combatentesFoto: Niolas Maeterlinck/AFP/GettyImages

Um tribunal belga condenou o chefe do grupo radical islâmico Sharia4Belgium a 12 anos de prisão nesta quarta-feira (11/02). A Justiça determinou que se trata de uma organização terrorista, que recrutou jovens para se aliarem a jihadistas no Oriente Médio.

Além do líder Fouad Belkacem, de 32 anos, alguns de seus seguidores foram condenados. Apesar de não ter lutado na Síria, como a maioria dos outros réus, o juiz Luc Portagent afirmou que ele era o mentor da organização.

"Belkacem é responsável pela radicalização de jovens para prepará-los para o combate salafista", disse o juiz no tribunal em Antuérpia. "O Sharia4Belgium recrutava esses jovens para o combate armado e organizava sua partida rumo à Síria."

O Ministério Público havia acusado de terrorismo 46 membros do grupo, mas apenas nove estiveram presentes no julgamento, que durou cinco meses. Acredita-se que os demais estejam na Síria.

Um dos condenados à revelia foi Brian de Mulder, cidadão belga e filho de brasileira. O jovem de 21 anos, que está na Síria atualmente, recebeu pena de cinco anos de prisão.

Medidas de segurança foram adotadas no tribunal diante do veredicto, que veio um mês depois de dois supostos radicais terem sido mortos durante uma operação antiterrorismo.

A Bélgica é apontada como o país europeu que gerou mais combatentes jihadistas – belgas que se uniram a grupos radicais no Iraque e na Síria – em relação à população do país.

LPF/rtr/afp/dpa