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Café mais barato que nunca

Roselaine Wandscheer18 de novembro de 2001

O preço do produto é o mais baixo já registrado na Alemanha: € 6,60 o quilo. E deve continuar barato até o Natal, segundo a Associação Alemã de Importadores.

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Apesar do baixo preço do café na Alemanha, não há indícios do aumento do consumo nos últimos meses, explica Hans-Georg Müller, da Associação Alemã de Importadores. O preço do produto oscilou em torno dos 6,60 euros o quilo e a experiência mostra que, na época pré-natalina, baixa ainda mais por causa de promoções especiais.

O consumo de café baixou continuamente nos anos 90, devido a um problema de imagem do produto diante dos jovens. Esta tendência foi revertida – e atualmente o consumo está estabilizado – com a introdução de novos tipos da bebida, o incremento da publicidade e a abertura de coffee shops .

As causas do baixo preço do café na Alemanha residem na grande quantidade de importadoras e torrefadoras no país, mas também no baixo preço do café em grão, de 58 cents o pound (454 gramas) no mercado internacional.

O representante da associação ressaltou que este é o preço mais baixo dos últimos 30 anos e a tendência é de baixar mais ainda, já que as perspectivas de colheita são muito boas em importantes exportadores como o Brasil e o Vietnã.

Superprodução

Segundo Müller, o problema é a superprodução. Dos 115 milhões de sacas (60 quilos) colhidos a cada ano em todo o mundo, são consumidos apenas 105 milhões de sacas. A preocupação dos importadores alemães é com a qualidade do produto, já que o baixo preço desestimula os produtores.

O consumo médio per capita no país estabilizou-se nos últimos cinco anos em 6,7 quilos de café em grão. Os finlandeses são os principais consumidores europeus do produto, com 11,5 quilos de café em grão per capita. Já o Brasil é o principal exportador de café para a Alemanha.

Dos 12,91 milhões de sacas de café em grão que passaram pelo país ano passado, seja para consumo interno ou para repasse aos vizinhos da União Européia, 20,5% vieram do Brasil. Em segundo lugar está a Colômbia, com 10,63%.