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Mergulhadores encontram caixas-pretas da AirAsia

12 de janeiro de 2015

Gravação das vozes da cabine de comando foi encontrada próxima ao local onde primeira caixa-preta com parâmetros de voo havia sido recuperada horas antes. Análise das informações pode levar duas semanas.

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Air Asia QZ8501 Black Box Bergung
Foto: Reuters/Darren Whiteside

Mergulhadores encontraram a caixa-preta com a gravação das vozes da cabine de comando do voo da AirAsia nesta segunda-feira (12/01). O gravador estava a 25 metros do local da outra caixa-preta, com dados dos parâmetros de voo, localizada horas antes pelas as equipes de busca na Indonésia.

Os dois instrumentos serão fundamentais para ajudar os investigadores a descobrir o que causou a queda do voo QZ8501 no dia 18 de dezembro, matando as 162 pessoas a bordo.

Suryadi Bambang Supriyadi, o coordenador das operações da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, afirmou nesta segunda-feira que o gravador das vozes da cabine de comando estava preso em meio aos destroços, e que os mergulhadores se esforçavam para liberá-lo, a uma profundidade de 32 metros.

Análise poderá levar duas semanas

Tão logo o gravador seja recuperado, as duas caixas-pretas serão encaminhadas à capital, Jacarta, para análise. Pode levar até duas semanas para que as informações sejam obtidas, explicou Nurcahyo Utomo, um dos investigadores do Comitê Nacional para a Segurança dos Transportes.

Air Asia QZ8501 Black Box Bergung
As caixas-pretas serão fundamentais descobrir o motivo da queda do vôo QZ8501Foto: Reuters/Darren Whiteside

As duas caixas-pretas são vitais para a compreensão dos motivos que levaram à queda da aeronave. Elas fornecem informações essenciais, como as velocidades vertical e horizontal do avião, a temperatura dos motores e as últimas conversas entre o piloto e o copiloto.

O último contato entre os pilotos e o controle de tráfego aéreo, a cerca da metade do voo de duas horas de duração de Surabaya a Cingapura, indicava que eles se aproximavam de uma tempestade.

O piloto pediu permissão para subir de uma altitude de 9,753 metros para 11,582 metros, para evitar as nuvens. A permissão foi negada em razão do tráfego aéreo pesado na região. Quatro minutos mais tarde, o avião sumiu dos radares. Nenhum sinal de pedido de socorro chegou a ser enviado.

RC/ap/dpa