Califórnia decreta estado de emergência após vazamento
21 de maio de 2015O governador Jerry Brown decretou estado de emergência na Califórnia devido ao vazamento, que continua nesta quinta-feira (21/05), em um oleoduto na costa de Santa Barbara. Estima-se que 80 mil litros de petróleo tenham chegado ao oceano.
"Nós faremos tudo que é necessário para proteger a costa da Califórnia", declarou Brown. Segundo ele, a medida foi tomada para agilizar o trabalho de equipes especializadas em limpeza de vazamentos de produtos perigosos.
As primeiras equipes começaram a limpeza da região na quarta-feira. Aproximadamente seis quilômetros da praia foram contaminados com petróleo. No oceano, porém, a mancha chegou a 14 quilômetros de extensão.
Segundo a Plains All American Pipeline, empresa responsável pelo oleoduto, cerca de 400 mil litros de petróleo vazaram, e um quinto do total pode ter alcançado o oceano. A última estimativa divulgada é cinco vezes maior do que o cálculo inicial da companhia.
O vazamento começou no fim da manhã de terça-feira. O oleoduto subterrâneo estourou, e o petróleo derramado se espalhou pela praia de Refugio, avançando em direção ao Pacífico. A empresa detectou irregularidades na pressão do oleoduto às 11h (horário local), e o fluxo do transporte foi interrompido cerca meia hora depois.
De acordo com a companhia, o petróleo residual, no entanto, continuou vazando por certo período após o deslizamento. O problema, porém, já foi controlado.
"Não há mais petróleo chegando ao oceano. Lamentamos muito o ocorrido e estamos trabalhando para que o impacto ambiental seja o menor possível", afirmou a empresa em comunicado.
Impactos ambientais
Ambientalistas estão preocupados com os impactos do desastre. A região atingida pelo vazamento fica perto de um santuário marinho, habitat de 25 espécies de mamíferos e 60 espécies de aves.
Autoridades afirmaram que ainda não é possível saber a exata extensão dos danos. No entanto, imagens mostram aves e animais marinhos cobertos de petróleo. As praias de Refugio e EL Capitan foram fechadas ao público. A pesca e colheita de marisco também foram proibidas na região.
As causas do acidente ainda não são conhecidas. O Centro de Defesa Ambiental, porém, denunciou falhas que podem ter ocasionado o desastre.
"Há uma série de questões abertas, incluindo por que não houve o desligamento automático nesse oleoduto relativamente novo e por que a resposta inicial não foi mais bem sucedida para deter o fluxo", afirmou o diretor a organização Owen Bailey.
O oleoduto foi construído em 1987 e transporta 1,2 mil barris de petróleo por hora para refinarias no sul do estado.
CN/rtr/afp/dpa