Canadá impõe sanções contra Maduro e outros chavistas
23 de setembro de 2017O governo canadense anunciou na sexta-feira (22/09) a imposição de sanções financeiras contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e outras 39 pessoas "responsáveis pela deterioração da democracia” na Venezuela.
Segundo um comunicado divulgado pelo governo canadense, as sanções pretendem "manter a pressão sobre o governo da Venezuela para que seja restabelecida a ordem constitucional e o respeito aos direitos democráticos de seu povo”.
As medidas tomadas pelo governo de Justin Trudeau incluem o "congelamento de ativos e à proibição de transações dirigidas a indivíduos específicos”, assim como à proibição para os canadenses de "prestar seus serviços financeiros ou serviços conexos”.
Além de Maduro, foram incluídos o vice-presidente da Venezuela, Tareck el Aissami; a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena; o ministro da Educação, Elías Jaua; e o procurador-geral, Tarek Saab.
"O Canadá não se calará em um momento em que o governo da Venezuela priva seu povo de seus direitos democráticos fundamentais”, disse Chrystia Freeland, ministra das Relações Exteriores do Canadá. "O Canadá é solidário com o povo venezuelano em sua luta por restaurar a democracia”, acrescentou.
No fim de agosto, os Estados Unidos já haviam imposto sanções financeiras à Venezuela.
O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela rechaçou a iniciativa canadense classificando as novas sanções como "hostis". "A Venezuela denúncia para comunidade internacional estas medidas hostis, que violam, entre outros, o princípio de não intervenção nos assuntos internos dos Estados", disse o ministério venezuelano, em um comunicado.
JPS/efe/afp