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PolíticaTaiwan

Candidato pró-independência da China ganha eleição em Taiwan

13 de janeiro de 2024

Atual vice-presidente e considerado "sério perigo" por Pequim, Lai Ching-te, venceu presidenciais com folga. Resultado pode elevar ainda mais tensão com chineses, que veem ilha como província rebelde.

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Lai Ching-te deposita voto na urna
Lai Ching-te ao depositar seu voto neste sábadoFoto: Annabelle Chih/Getty Images

O candidato do governista Partido Democrático Progressista (DPP) e atual vice-presidente, Lai Ching-te,  venceu as eleições presidenciais de Taiwan, com 40,2% dos votos, segundo os últimos números divulgados pela Comissão Eleitoral Central (CEC).

Considerado pela China como um "sério perigo" devido às suas posições pró-independência, Lai venceu com ampla vantagem sobre os adversários.

Com 96% das seções eleitorais apuradas, ele superou confortavelmente os candidatos da oposição do Kuomintang (KMT), Hou Yu-ih (33,4%), e do Taiwan People's Party (PPT), Ko Wen-je (26,3%).

Ambos reconheceram a vitória de Lai. Defensores da retomada dos contatos com a China, os dois chegaram a anunciar uma chapa única, mas acabaram desistindo da colaboração no início de dezembro.

Primeiro partido com três mandatos seguidos

Esse resultado marca um triunfo sem precedentes na história democrática de Taiwan, que verá pela primeira vez o mesmo partido presidindo a ilha por três mandatos consecutivos.

No entanto, continua incerto o resultado no Parlamento, onde a tendência atual sugere que nenhum dos três principais partidos conquistará a maioria por conta própria.

A eleição de Lai, de 64 anos, que no passado se descreveu como um "pragmático defensor da independência" da ilha, pode impulsionar uma escalada nas relações já tensas com a China, que considera a ilha uma província rebelde

Durante toda a campanha, ele prometeu dar continuidade às políticas do atual presidente, Tsai Ing-wen, para manter a paz no Estreito de Formosa: aumentar a capacidade militar, fortalecer a independência econômica, estreitar os laços com as principais democracias do mundo e construir uma liderança baseada em princípios.

md (EFE, AFP, Lusa)