Catedral de Colônia tem versão em 3D
12 de maio de 2016A Catedral de Colônia tem agora um modelo em 3D. Pesquisadores e estudantes usaram drones e raios laser para medir o prédio milímetro por milímetro, e criar imagens em alta resolução.
"Embora já exista uma versão virtual da igreja, não havia um projeto pensando no futuro", explica o arquiteto Jörg Sperner, da oficina de manutenção da catedral. Os dados irão contribuir para a conservação do prédio, pois facilitarão a análise de eventuais falhas estruturais. Em cinco ou dez anos, novas imagens detalhadas da fachada e áreas internas poderão revelar os efeitos do tempo sobre a construção.
A universidade local Fresenius, a universidade escocesa Heriot-Watt, a prefeitura de Colônia e a administração da catedral trabalharam juntas na coleta dos dados para as imagens digitais.
Tecnologia a serviço da preservação
A medição com equipamentos digitais, que custou 35 mil euros, teve a participação de 33 estudantes universitários e gerou 2 mil gigabytes de dados, com margem de erro de dois milímetros. As imagens de alta resolução foram feitas em duas fases, em maio e outubro de 2015. "É significativamente mais barato do que uma vistoria da catedral com métodos convencionais", compara Sperner.
Drones não oferecem boa estabilidade para a tomada de medidas, mas ajudaram a fazer filmagens a partir do ar. Prédios vizinhos à igreja também abrigaram plataformas para os scanners. Imagens em 360 graus foram conjugadas com a informação escaneada para gerar imagens mais próximas à realidade.
Escaladores ajudaram a garantir a segurança para a medição das duas torres de mais de 157 metros. Aberturas no teto permitiram o uso de câmeras a 45 metros de altura e ajudaram a contornar a complexidade arquitetônica da igreja.
"A Catedral é realmente gigante. Cada canto nos colocou diante de um desafio", contou o idealizador do projeto e professor de Comunicação de design, Chris Wickenden, sobre a terceira maior igreja do mundo.
O imponente monumento gótico àsmargens do rio Reno levou quase 600 anos para ser concluído. Ainda hoje, é o principal símbolo da cidade, recebendo cerca de 20 mil visitantes por dia. Desde 1996, está na lista dos patrimônios da humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
TAM/dpa/kna