Cessar-fogo é mantido no leste da Ucrânia
13 de setembro de 2015O ministro do Exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, declarou neste sábado (12/09) que o encontro com os colegas de pasta da Rússia, Ucrânia e França, em Berlim, teria resultado em "progresso significativo" e expressou a esperança de que se chegue a um acordo para retirada de artilharia pesada do leste ucraniano.
"Todos nós reafirmamos que o cessar-fogo já perdura há duas semanas e precisa agora ser consolidado e assegurado", afirmou Steinmeier em declaração neste sábado.
Apesar da trégua declarada em fevereiro, tanto militares ucranianos quanto os separatistas apoiados pela Rússia continuaram a realizar ataques regulares de artilharia até que um recente cessar-fogo tem sido respeitado desde 1° de setembro, o início do turno escolar na região.
O secretário-geral da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Lamberto Zannier, informou que acaba de voltar da cidade de Mariupol e Shyrokyne, local de confrontos recentes, e que a situação permanece calma e tranquila.
"Agora o cessar-fogo tem sido respeitado por mais de dez dias, e isso é uma boa notícia, porque está abrindo espaço para progressos em nível político", declarou.
Em Moscou, o presidente russo, Vladimir Putin, referiu-se à trégua como a "principal conquista" dos esforços com vista a uma solução pacífica para a crise no leste da Ucrânia.
As conversas em nível ministerial realizadas no sábado na capital alemã foram preparatórias para uma cúpula dos líderes das quatro nações, que deverá se realizar em 2 de outubro em Paris. O acordo de paz de Minsk, assinado em fevereiro na capital bielorrussa, deverá ser totalmente implementado até o fim do ano.
O ministro alemão afirmou que as quatro nações concordaram, em princípio, que eleições locais devem ser realizadas numa base jurídica conjunta entre Kiev e os líderes separatistas, e que tais eleições sejam monitoradas por observadores da OSCE.
As lutas em grande escala entre separatistas no leste de Ucrânia e militares fiéis a Kiev eclodiram em abril de 2014. De acordo com as Nações Unidas, 8 mil pessoas já morreram nos embates na Ucrânia.
CA/ap/dpa