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China disposta a aumentar cooperação militar com Rússia

31 de março de 2023

Porta-voz das Forças Armadas chinesas antecipa patrulhas militares conjuntas e coordenação estratégica. No entanto, relação sino-russa não buscaria confronto, nem "está dirigida a terceiros", assegura.

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Multidão de uniformes militares agitando bandeiras chinesas
Universitários chineses em treinamento militarFoto: CFOTO/picture alliance

O Exército da China está pronto para intensificar a cooperação e comunicação com as Forças Armadas da Rússia, declarou nesta quinta-feira (30/03) em Pequim um porta-voz militar.

"As Forças Armadas chinesas estão dispostas a trabalhar com as russas para fortalecer ainda mais sua comunicação e coordenação estratégica", disse em entrevista coletiva o porta-voz do Exército chinês, Tan Kefei, citado por um comunicado do Ministério da Defesa em sua conta oficial na rede social Wechat.

Além disso, o Exército Popular de Libertação (PLA) estaria preparado para "organizar regularmente patrulhas marítimas e aéreas conjuntas" e "fortalecer o intercâmbio e a cooperação" com as forças russas. Tan destacou que "a amizade entre a China e a Rússia é forte há muito tempo" e garantiu que a relação bilateral "não busca o confronto", nem "está dirigida a terceiros".

Como a China pode resolver a guerra – ou gerar uma maior

Sob a "liderança estratégica" dos dois chefes de Estado, Xi Jinping e Vladimir Putin, a associação estratégica integral de cooperação entre China e Rússia "desenvolveu-se em alto nível", e a cooperação prática entre os dois exércitos "deu novos passos adiante".

Ambas as forças militares poderão "proteger conjuntamente a justiça e a equidade internacionais" e "contribuir para a manutenção da segurança e da estabilidade internacionais e regionais", frisou Tan.

Plano controverso de "paz para Ucrânia"

Xi visitou Moscou de 20 a 22 de março, onde se encontrou com seu homólogo russo, logo após a China apresentar um documento descrevendo uma proposta de paz para a guerra russa na Ucrânia. Pequim classificou a viagem como "uma visita importante entre dois grandes vizinhos e uma visita não apenas de cooperação, mas também de paz".

O governo chinês, que se manifestou contra as sanções internacionais impostas a Moscou, divulgou em fevereiro um comunicado sobre o que chama de "conflito" na Ucrânia, no qual defende um cessar-fogo e o abandono da "mentalidade da Guerra Fria", uma proposta criticada pelo Ocidente por colocar "agressor e agredido" no mesmo nível.

Em seu documento, Pequim defende o respeito pela integridade territorial dos países, incluindo a Ucrânia, e pelas "preocupações de segurança de legítimas todas as partes" – numa referência à Rússia.

av (EFE,Reuters)